Conversei nesta quarta-feira com o jornalista Grigory Telingater, do Championat, o principal site esportivo da Rússia. Grigory queria mais informações sobre Luan, queria revelar para os torcedores do Spartak Moscou quem é o jogador que chegará por quase 25 milhões de euros e como principal contratação para a Liga dos Campeões e e uma temporada em que o clube precisa defender o título da Superliga, conquistado depois de 16 anos de espera.
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O que disse para o Grigory não é nenhuma novidade aqui para nós. O Spartak está levando para o seu estádio estalando de novo e sede da Copa 2018 nada mais, nada menos, do que o melhor jogador do Brasil na atualidade. Um jogador capaz de atuar em qualquer posição do meio para a frente, principalmente se for com liberdade para se movimentar e encontrar espaços vazios na defesa – aqueles que só os craques conseguem ver.
A única ressalva que fiz é sobre os cuidados que o clube russo precisará adotar para facilitar a adaptação de Luan. Trata-se de um jogador de perfil introspectivo e um sujeito mais talhado para jogar futebol do que para entender o contexto em que está inserido. Sem contar que Luan, aqui, consegue a estabilidade quando está no meio de sua turma, dos amigos que por vezes não impedem suas escorregadas fora do horário de trabalho.
Foi ao ouvir essa ressalva que Grigory me contou sobre o que espera Luan no Spartak. Mássimo Carrera, italiano de sangue quente, é o técnico que levou com pulso firme o clube de volta aos títulos. Em off, jogadores revelaram para o Grigory que durante os treinos, quando percebe alguém pedindo água, expulsa de campo. Carrera é adepto do trabalho e de sessões pesadas de treino. Foi com elas que montou uma equipe de futebol intenso e de muita pegada. É bom Luan se preparar para a disciplina do italiano. E, principalmente, se acostumar a não pedir água. Pelo menos, durante o treino.