Segue a caça ao Corinthians, ainda que a distância não tenha diminuído. Na noite desta quarta (2), mesmo tendo atuado bem apenas no segundo tempo, o Grêmio fez 1 a 0 no lanterna Atlético-GO, em Goiânia. O time paulista também fez sua parte com os 2 a 0 sobre o Atlético-MG, no Mineirão. A diferença segue de oito pontos.
O torcedor precisará puxar pela memória para encontrar em toda a temporada uma atuação tão decepcionante quanto a do primeiro tempo. Desde o início de maio, depois da eliminação no Gauchão, quando o presidente Romildo Bolzan Júnior desceu ao vestiário e cobrou uma nova atitude, o time não tinha um desempenho tão fraco.
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As ausências de Edilson, Geromel, Luan e Lucas Barrios explicam em parte as deficiências. Sem seu melhor zagueiro, o Grêmio teve dificuldade para segurar o centroavante Walter, que costuma ter bom rendimento contra a equipe gaúcha. Sem Luan, o time perdeu em criação e qualidade de passe. Outro fator pode ter sido a visível diminuição de rendimento físico na comparação com outros jogos. Parece cada vez mais claro que o desgaste de tantas partidas começa a cobrar a conta. Em mais de um momento, o Grêmio foi visto tentando administrar a partida.
Só aos 10 minutos, em falta batida por Fernandinho, que Bressan cabeceou por cima, surgiu a primeira oportunidade para marcar. De resto, a iniciativa foi toda do modesto Atlético-GO, que parece decidido a promover uma correria de agora em diante para tentar escapar do rebaixamento. Aos 17, em cruzamento de André Castro, Jorginho ganhou de Leonardo no alto e cabeceou para fora. O Grêmio respondeu com Ramiro, a 22 , mas o chute passou muito longe. A partir de então, a equipe de Renato praticamente viu o adversário jogar, uma situação inusitada para quem costuma impor-se tanto dentro quanto fora da Arena. E as chances passaram a surgir. A 25,Walter girou na frente de Bressan, bateu cruzado, Grohe espalmou e, na sobra, Cortez evitou o chute de Andrigo. Aos 31, em novo arremate, desta vez de longa distância, Walter voltou a levar perigo para Grohe. A sorte ajudou aos 41. Em falta batida da intermediária, Fernandinho cabeceou para trás e Roger Carvalho acertou o travessão.
Pelo menos algum equilíbrio nas ações o Grêmio obteve no segundo tempo. Nada que lembrasse outras atuações, mas a objetividade já era maior. Houve até um pênalti sobre Pedro Rocha, empurrado por Niltinho dentro da área, mas a arbitragem errou ao não marcar. Renato trocou Arthur por Lincoln em busca de agressividade e conseguiu, enquanto o Atlético reduzia seu poder ofensivo. Aos 15, Pedro Rocha desperdiçou um bom ataque ao tentar o chute quando Lincoln corria livre ao seu lado. Renato, inconformado, protestou com os braços abertos. Aos 16, Everton recebeu de Fernandinho e chutou sem força, nas mãos de Felipe. Havia erros de conclusão, mas o time já era outro. O problema é que Walter seguia disposto a fazer a diferença e quase marca em cobrança de falta, aos 18. Aos 21, depois de passe de Lincoln, Fernandinho investiu pela esquerda e chutou para defesa difícil de Felipe. Foi a melhor chance do Grêmio no jogo. Até o gol, marcado aos 37, quando ressurgiu a qualidade da troca de passes do time. Primeiro, Fernandinho recuou para Léo Moura. O lateral, com visão de jogo, encontrou Lincoln dentro da área. Daí saiu a assistência para Michel, que, por trás dos zagueiros, fez 1 a 0 e assegurou mais três pontos para o Grêmio fora de casa.
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