Após recuperar Ramiro e transformá-lo em um dos destaques do Grêmio, o técnico Renato tenta fazer o mesmo com Bressan. Ainda que seja contestado por parte da torcida, o zagueiro tem a plena confiança do treinador. Com as ausências de Geromel, suspenso, e Thyere, lesionado, caberá ao defensor lançado por Luxemburgo em 2013 formar dupla com Kannemann contra o Atlético-GO na noite desta quarta-feira.
Aquele ano, aliás, foi o melhor de Bressan com a camisa do Grêmio. Sua estreia foi um batismo de fogo, no mata-mata da primeira fase da Libertadores, contra a LDU, na Arena, substituindo o experiente Cris, recém-contratado, que havia se lesionado. Naquele jogo, em que Marcelo Grohe garantiu a classificação para a fase de grupos nos pênaltis, o zagueiro, então com 20 anos, teve atuação séria, com nota seis na cotação de ZH, que descrevia seu estilo: "não inventou".
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Na sequência daquela temporada, Renato assumiria o lugar de Luxemburgo e Bressan se firmaria como titular do Grêmio pela primeira vez. Formou um trio defensivo competente com Werley e Rhodolfo no 3-5-2 montado pelo treinador, que levou o time ao vice no Brasileirão. Aquele ano foi o que mais vezes Bressan jogou: realizou 55 partidas, marcando um gol.
Mas, nas temporadas seguintes, Bressan perdeu espaço. Seu prestígio não foi o mesmo com Enderson Moreira e Felipão, muito em parte pela consolidação da dupla Geromel e Rhodolfo. Assim, o zagueiro, por indicação de Luxemburgo, acertou-se com o Flamengo. A vitrina do clube carioca veio em boa hora, a tempo de ser convocado pelo técnico Alexandre Gallo para a seleção olímpica que disputou o Pan de Toronto, em 2015.
– Ele sempre foi um jogador responsável, um zagueiro de luta e entrega. É um jogador que se dedica muito. Mas, para render, ele precisa de uma sequência de jogos, isto melhora sua confiança e sua performance. Se o Grêmio acreditar nele, o Bressan crescerá muito – elogia Gallo.
Após a disputa do Pan, Bressan deixou o Flamengo e retornou ao Grêmio. Teve chances com Roger Machado, mas as falhas em jogos no ano passado, com o Rosario Central, pela Libertadores, e com o Vitória, no Brasileirão, despertaram a ira da torcida. Sem clima para permanecer, foi emprestado ao Peñarol, onde teve passagem apagada.
O zagueiro voltou ao Grêmio no início deste ano e reencontrou Renato. O treinador fez questão de turbinar sua confiança e vetou sua saída ao Vitória por empréstimo.
– Nós tentamos, mas a contratação não deu certo porque o Renato não liberou – conta Gallo, demitido do clube baiano há duas semanas.
Técnico que revelou Bressan no Juventude antes de sua chegada ao Grêmio, Picoli entende que o zagueiro sabe lidar com as críticas da torcida na Arena.
– O Bressan é um jogador equilibrado. Por mais que possa sentir chateação pelas críticas, consegue assimilar bem. Se falha, com certeza é ele mesmo quem mais se cobra – avalia Picoli.
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