Demorou, mas Pedro Rocha conquistou o status de jogador que provoca saudades entre os torcedores quando não está em campo. Foi assim nas partidas contra Avaí (derrota por 2 a 0) e Flamengo (vitória por 1 a 0).
Nesses dois jogos, ficou evidente que o time se ressente de sua velocidade, contribuição tática e participação nas jogadas que resultam em gol para o Grêmio. Tanto que, em sua volta, domingo, contra a Ponte Preta (vitória por 3 a 1), Pedro Rocha foi decisivo para abrir a cerrada marcação adversária.
Nem sempre foi assim. Mesmo com dois gols na vitória por 3 a 1 contra o Atlético-MG, no Mineirão, que abriu o caminho para a conquista do penta da Copa do Brasil, em 2016, Pedro Rocha voltou a sofrer contestações no começo da temporada.
Boa parte dos torcedores o condenava por perder gols em excesso e cobrava de Renato Portaluppi sua retirada do time, pressão a que o técnico jamais se submeteu. Ainda que a fase seja boa, o atacante considera normal sofrer alguma forma de contestação.
– Sempre me cobro para evoluir a cada jogo. É lógico que não são todos os momentos em que o atacante estará em boa fase. Procuro minimizar isso bastante. Críticas são normais, têm que existir_ entende.
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Por outro lado, Pedro Rocha comemora que hoje já seja muito maior a tolerância dos torcedores quando desperdiça chances de marcar:
– Me cobro bastante. Mas fico feliz pelo carinho do torcedor.
Elogiado também pelo elevado número de assistências que resultam em gols - contra a Ponte Preta, fez o passe para que Lucas Barrios empatasse -, o jogador diz tratar-se de um sentimento de coletividade que já nasce no vestiário. Mas não se considera tão efetivo nesse quesito quando Douglas, em fase final de recuperação após cirurgia no joelho esquerdo.
– Pifador é só o 10 mesmo– sorri. – Nosso coletivo é muito importante. Se meu companheiro estiver melhor colocado, vou dar a bola para ele. Todos têm que pensar dessa maneira. Vem dando certo por causa disso – acredita.