Renato Portaluppi diz já ter definida em sua mente a equipe para o jogo de quinta (27), em Curitiba, contra o Atlético-PR. É possível que o técnico projete a preservação de alguns titulares, tanto pelo desgaste quanto pela remota chance que o adversário tem de reverter o placar negativo de 4 a 0 da primeira partida, na Arena. Nada, no entanto, será anunciado com antecedência.
Se for levado em conta o número de jogos de cada um, Ramiro, Kannemann e Luan seriam os jogadores com maior necessidade de parada. Luan, contudo, já ficou fora do jogo contra o Vitória, em Salvador, na última semana. Os casos de maior necessidade, portanto, seriam Kannemann e Ramiro.
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Suspenso no Brasileirão, Michel já terá folga contra o Santos e, por isso, deverá atuar em Curitiba. Ao lembrar que Arthur tem terminado os jogos extenuado, Renato sinaliza que o volante possa ser preservado.
Titular desde a luxação sofrida por Marcelo Oliveira no ombro esquerdo, dia 14 de maio, no primeiro jogo do Brasileirão, contra o Botafogo, Bruno Cortez vem em uma sequência de 18 partidas - só foi poupado, como todos os titulares, contra Sport e Palmeiras. Não seria surpresa se recebesse um descanso.
O setor da equipe mais sujeito a modificações é o ataque. Tanto Everton quanto Fernandinho têm sido muito úteis quando chamados. É certo que Lucas Barrios não estará em campo, uma preservação justificada pelas dores que sente na coxa esquerda desde a partida contra o Vitória.
A decisão de Renato de não antecipar o time também é pautada pela preocupação de não oferecer armas a um adversário mergulhado em uma crise que respinga até na direção. Em nota oficial, o presidente do Conselho Deliberativo, Mario Celso Petraglia, pediu licença do clube até o fim do ano. Se anunciasse uma escalação mista, poderia passar a impressão de menosprezo ao Atlético-PR.
– Temos uma boa vantagem, sim. Mas conheço bem o futebol e ele sempre tem surpresas reservadas – avisa o técnico.
Seja qual for a equipe, Renato exige a manutenção do mesmo espírito das outras partidas. Após o primeiro treinamento em Curitiba, na academia do hotel, Marcelo Grohe citou mais de uma vez a recomendação do técnico.
– Renato sempre diz que, enquanto o juiz não apitar o término da partida, tudo pode acontecer – lembrou o goleiro. Para complementar em seguida, citando outro mantra do treinador:– Não dá para dar brecha. O futebol não perdoa.
No Grêmio desde 2005, Grohe não hesita em afirmar que, poucas vezes, ao longo desses 12 anos, foi formado um time tão qualificado. Ele mostrou-se agradecido ao técnico do São Paulo, Dorival Júnior, para quem todas as equipes deveriam ter o Grêmio como exemplo.
– É uma das equipes que tem jogado o melhor futebol neste tempo todo em que estou no Grêmio. Na Arena ou na casa do adversário, temos atuado com maturidade. Não tem lugar, não tem estádio, sempre jogamos para vencer– destacou Grohe, antes de valorizar as vantagens que o entrosamento proporciona. – É uma base que vem praticamente desde 2015 e isso tem feito a diferença, todo mundo se conhece. Já apanhamos muito nesse tempo e isso tem feito a equipe forte.
Quem mais jogou em 2017
Ramiro - 35
Kannemann e Luan - 34
Marcelo Grohe e Pedro Rocha - 33
Michel - 32
Obs.: O Grêmio já jogou 44 vezes neste ano
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