Em relação à nota publicada na edição deste fim de semana do jornal Zero Hora, esclareço a ti e aos teus leitores que gerencio a carreira do Luan há quase cinco anos.
Uma das exigência ao nosso trabalho é o comportamento profissional de ambas as partes. Posso, com segurança, te afirmar que o Luan hoje é um atleta na plenitude da sua carreira e de suas condições físicas, técnicas e emocionais, e com a consciência delas.
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Com tua experiência na análise do futebol, sabes bem que eventuais instabilidades de desempenho são comuns até aos mais qualificados jogadores.
Entretanto, a temporada 2017 do Luan mostra seu alto rendimento em campo e sua importância à equipe, como presumo que estejas informado. São seis gols, quatro assistências em 15 jogos, a artilharia da equipe na Libertadores e 27% de participações em gol. Em menos de quatro meses, já cumpriu metade dos gols marcados em 2016, quando foi goleador da equipe e protagonista no título da Copa do Brasil.
Como provam os fatos, não há qualquer motivo objetivo para "desgosto da torcida", ao contrário. O que Luan tem proporcionado aos gremistas e ao público do futebol são alegrias, como a inédita conquista da medalha olímpica nos Jogos Rio 2016.
Há pouco mais de uma semana, o próprio veículo em que escreves, além de outros tantos ao redor do mundo, noticiou a avaliação do portal Transfermarkt, que aponta Luan como atleta mais valorizado em atividade no futebol brasileiro.
É difícil supor que qualquer atleta de alto nível, representando um dos maiores clubes do país, atinja tal patamar sendo mal orientado, vivendo em festas, "rasgando dinheiro" ou "jogando a carreira no lixo", como afirmaste.
Podes ter certeza de que não medimos esforços ao longo de todo esse tempo para torná-lo, Luan, uma referência mundial na atividade que desenvolve. E assim vamos continuar fazendo.
Pela oportunidade do contraponto e o espaço, desde já agradeço. Um cordial abraço.
Att, Jair Peixoto.