O Guaraní, rival do Grêmio nesta quinta-feira, quer ser grande. Ou melhor, quer ser do tamanho da sua tradição. Conversei com colegas paraguaios para saber quem é esse clube centenário (é um mês mais novo do que o Grêmio) que nos últimos anos tem despontado no continente, inclusive com uma semifinal em 2015, numa trajetória em que despachou o Corinthians nas oitavas.
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O Aborígen, como é chamado no país do tereré, está entre os quatro mais tradicionais do país, com Olimpia, Cerro Porteño e Sportivo Luqueño. Sob a gestão de Juan Alberto Acosta, um empresário do ramo metalúrgico apaixonado pelo clube, o Guaraní recuperou espaço no futebol local. Ganhou o campeonato passado, disputa ponto a ponto com o Libertad o atual e tem uma das maiores folhas do país – algo em torno de US$ 150 mil mensais, mais ou menos o que ganha Barrios no Grêmio.
O clube, embora o bom momento, ainda vive à sobra de Cerro e Olimpia. Seus jogos, quando lotam, conseguem levar 15 mil pessoas. O plano é reformar o estádio, o Rogélio Livieres, modernizá-lo e deixá-lo apto para 20 mil pessoas. A ideia é iniciar as obras em 2018.
Hoje, o Rogélio Livieres é mais conhecido pelos bailes no domingo. O clube aluga seu prédio social e, ali, a juventude de Assunção se esbalda na pista. O sonho do Guaraní e ter essa popularidade, também, em sua arquibancada. Embora, os bailes pareçam ser bem mais atraentes.