*Correção: da 1h1min às 12h15min desta quarta-feira, foi feita referência de forma equivocada, no início do texto, à derrota do Grêmio, que venceu o Deportes Iquique por 3 a 2. O texto original foi corrigido.
Justificar a queda de rendimento do Grêmio apenas pelo "Nana, nenê" ou "pelo soninho" usados por Renato é colocar para baixo do tapete a melhor lição deixada pelo 3 a 2 no Deportes Iquique. Como se os chilenos só tivessem reagido porque os jogadores gremistas tivessem se desinteressado da partida, fechado o expediente no intervalo depois de um primeiro tempo luxuoso.
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Precisamos olhar para o adversário. Precisamos, não, temos a obrigação. O Iquique reagiu porque atacou o Grêmio, deixou de lado uma postura quase complacente dos primeiros 45 minutos. Levou 3 a 0 e um passeio porque marcava mal, com as linhas distantes e sem a compactação necessária. Parecia assombrado pelo tamanho da Arena, por enfrentar um gigante brasileiro.
Jaime Vera, técnico de poucas palavras e pouco afeito às entrevistas, mudou tudo no intervalo. Colocou o argentino Diego Bielkiewicz, buscado na terceira divisão argentina, e o uruguaio Riquero, ex-Caxias. A leitura de jogo feita pelo meu colega de redação André Baibich foi perfeita. Riquero vigiou mais a defesa e liberou Bustamante para armar. D'Ávila virou um volante de saída pela esquerda. Bielkiewicz fez melhr parceria a Álvaro Ramos.
O Iquique mudou e expôs algumas fragilidades do Grêmio. Não foi apenas cochilo em campo. Se Renato tratar a reação chilena com um combate ao "Nana, nenê", a lição do segundo tempo terá sido aprendida.