Tendo a reparar que existe um certo exagero nas avaliações de atuações dos times no país. Não só as do Grêmio, que andam apresentando irregularidades normais para um time que mudou várias peças, mas para outros, também. A coluna do parceiro Guilherme Mazui, neste domingo, sobre o empate do Grêmio com o Novo Hamburgo, é cirúrgica. O Grêmio criou pouco, deu espaços ao Novo Hamburgo e teve uma falha, que resultou no gol do competente time do Vale do Sinos. Nada mais que isso. Nem menos.
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Assim como não achei que o Grêmio era o Barcelona, nos momentos de empolgação, como no 5x0 contra o Veranópolis e no primeiro tempo contra o Iquique, não acho que o trabalho de Renato Gaúcho não é satisfatório, por conta do empate contra o Cruzeiro. Claro que gostaria que o time tivesse vencido, jogamos em casa. O Grêmio está em franco processo de ajuste, vai falhar, como contra o Iquique, vai acertar, como contra o Veranópolis. Até acho que a má atuação contra o Novo Hamburgo veio em boa hora. Primeiro, pelo fato de que estamos totalmente dentro da competição. Afinal, uma vitória simples contra o Noia garante a classificação. E, convenhamos, não estamos diante de um Palmeiras (que levou 3 da Ponte, aliás) ou do Atlético-MG.
Torço muito para vencer o Gauchão, retomar a hegemonia estadual chegaria em um momento muito importante para a torcida, reafirmando o caminho das vitórias. Mas, sinceramente, se tiver que escolher entre levar um tombo no Gauchão, e seguir adiante na Libertadores, com força total, é claro que vou fecho com essa opção de olho fechado. E, muita calma nessa hora: o confronto de volta contra o Novo Hamburgo não é nenhum bicho de sete cabeças. Não é jogo barbada, mas está longe de ser um desafio absurdo. Menos, tanto na empolgação quanto nas cobranças excessivas.