Pela boa estreia contra o Zamora, o Grêmio é apontado por comentaristas como um dos melhores brasileiros na Libertadores. Líder do grupo oito, o time de Renato leva vantagem na comparação por já ter garantido três pontos fora de casa, jogando na Venezuela.
O desempenho é animador. Mesmo que tenha 53% de aproveitamento no ano, a equipe encorpa com a volta dos lesionados que formaram a base pentacampeã da Copa do Brasil. As contratações de Lucas Barrios, Gata Fernández e Bruno Rodrigo qualificaram o grupo em relação ao ano passado, apesar da venda de Walace ao Hamburgo-ALE.
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Entre os brasileiros, a maior expectativa é sobre o Palmeiras, que investiu pesado. Embora seja líder do grupo cinco, deixou a desejar na estreia contra o Atlético Tucumán, com um empate na Argentina. Mas, na temporada, o aproveitamento é de 71% graças à boa campanha no Paulistão.
Só está atrás de Flamengo e Atlético-MG, que somaram 76% dos pontos disputados no ano. Mas, na Libertadores, ambos decepcionam: só estão em terceiro lugar em suas chaves. Ao contrário de Santos, que lidera o grupo dois, e Atlético-PR, que venceu o San Lorenzo fora de casa, e está em segundo com a mesma pontuação do líder no grupo quatro.
– Os estaduais são um péssimo parâmetro para uma leitura correta. Mas, se colocar tudo no pacote, analisando como o time está jogando, o Grêmio está numa situação muito boa. O melhor time, pelo alto investimento, é o Palmeiras. Mas não foi bem no primeiro jogo – observa Sérgio Xavier, comentarista do SporTV.
O analista de futebol Sul-Americano da Rádio Gaúcha, Lucho Silveira, destaca o bom início do Botafogo. No Engenhão, o time carioca, que havia superado Colo-Colo e Olimpia nas fases anteriores, venceu o Estudiantes com autoridade. É, junto ao Grêmio, um dos únicos brasileiros com 100% na fase de grupos.
– Por ter vencido fora de casa, o Grêmio arrancou muito bem. O Botafogo teve um excelente resultado. Os dois jogaram bem. Isso é importante para ganhar confiança – entende Silveira.
Para Leonardo Bertozzi, comentarista da ESPN, o importante é não deixar de somar pontos em casa, como foi o caso da Chapecoense, que perdeu para o Lanús na Arena Condá e caiu para o quarto lugar do grupo sete. Ainda assim, entende que não se pode cobrar resultado de um time reconstruído às pressas. Em relação ao Grêmio, Bertozzi adota um tom mais crítico:
– Venceu o adversário mais fraco do grupo, que todos precisam superar para não ficar para trás.
O desempenho dos brasileiros na Libertadores este ano:
Grêmio (Gauchão, Primeira Liga e Libertadores)
15 jogos
53% aproveitamento
6 vitórias
6 empates
3 derrotas
21 gols marcados (12 sofridos)
Na Libertadores: 1º no grupo 8 (1 vitória)
Palmeiras (Paulistão e Libertadores)
15 jogos
71% aproveitamento
10 vitórias
2 empates
3 derrotas
28 gols marcados (10 sofridos)
Na Libertadores: 1º no grupo 5 (1 vitória e 1 empate)
Santos (Paulistão e Libertadores)
15 jogos
58% aproveitamento
8 vitórias
2 empates
5 derrotas
26 gols marcados (15 sofridos)
Na Libertadores: 1º no grupo 2 (1 vitória e 1 empate)
Atlético-PR (Paranaense e Libertadores)
18 jogos
48% aproveitamento
6 vitórias
8 empates
4 derrotas
21 gols marcados (15 sofridos)
Na Libertadores: 2º no grupo 4 (1 vitória e 1 empate)
Botafogo (Carioca e Libertadores)
16 jogos
62% aproveitamento
9 vitórias
3 empates
4 derrotas
25 gols marcados (18 sofridos)
Na Libertadores: 2º no grupo 1 (1 vitória)
Flamengo (Carioca, Primeira Liga e Libertadores)
18 jogos
76% aproveitamento
12 vitórias
5 empates
1 derrota
41 gols marcados (11 sofridos)
Na Libertadores: 3º no grupo 4 (1 vitória e 1 derrota)
Atlético-MG (Mineiro, Primeira Liga e Libertadores)
14 jogos
76% aproveitamento
10 vitórias
2 empates
2 derrotas
30 gols marcados (11 sofridos)
Na Libertadores: 3º no grupo 6 (1 empate)
Chapecoense (Catarinense, Primeira Liga e Libertadores)
20 jogos
63% aproveitamento
11 vitórias
5 empates
4 derrotas
36 gols marcados (19 sofridos)
Na Libertadores: 4º no grupo 7 (1 vitória e 1 derrota)
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