Depois de cinco jogos em 2017, todos com atuações de cururu para ruim, a direção dá sinais de que concluiu o óbvio: o elenco do Grêmio piorou. Pelo menos, agora, a estratégia de suportar Gauchão e primeira fase da Libertadores com o grupo atual parece que será revista. De fato, estamos abaixo do esperado pelo torcedor.
No empate em casa com o São José, o Grêmio não empolgou de novo. As lesões dificultam o trabalho de Renato, mas é preciso lembrar que o próprio treinador indicou reforços controversos. Na primeira necessidade de recorrer ao banco, o técnico ficou no pincel. Sua equipe não evolui e sofre para vencer no Gauchão.
Dos brasileiros na disputa da Libertadores, o Grêmio tem o início de temporada mais opaco, sem reforços de peso ou atuações convincentes. A promessa da vinda do "fazedor de gols" segue no gogó. Até o rival Internacional, rebaixado à Série B do Brasileiro, contratou melhor.
Na ida da direção ao mercado, é importante mudar a política de contratações adotada até aqui. No casos de Cortez e Jael, por exemplo, o Grêmio buscou nomes discutíveis. Pouco adianta fechar com um lateral que deixa dúvidas sobre as condições de superar o futebol de Marcelo Oliveira. Pouco adianta trazer um centroavante de histórico recente abaixo da média, cujo futebol é inferior ao de Bobô.
O Grêmio do presidente Romildo Bolzan vai repetindo a transição de 2015 para 2016. Na Libertadores passada, entramos com um time inferior ao que terminou o Brasileirão. O desfecho todos sabem, com Fred e Bressan na zaga diante do Rosario Central. Aliás, seguimos com apenas quatro zagueiros no elenco.
Com a estreia em outra Libertadores no início de março, o Grêmio está bem distante do futebol apresentado no penta da Copa do Brasil. Ainda perdeu Walace e Douglas, ou seja, está mais fraco. E a direção, somente com o prejuízo consumado, indica que, enfim, contratará alguém diferenciado. A letargia preocupa. Espero ansioso por boas novidades.