Sugestão a alguns colegas jornalistas que costumam se referir ao "mundial Fifa": por uma questão de isonomia, passem a se referir ao "campeonato gaúcho FGF", ao "campeonato brasileiro CBF" e à "Copa do Brasil CBF".
Particularmente, prefiro Mundial, Libertadores, Brasileiro, Copa do Brasil etc.
Mas seria só por uma questão de isonomia, como dito acima, e coerência.
A própria Fifa exigiu que retirassem a sua sigla do Beira-Rio, quando o Internacional conquistou seu glorioso mundial (veja bem, "glorioso", importantíssimo, ninguém diminui isso, parabéns, amigos colorados).
Claro, é o mundial. Ponto.
Acrescentar o "Fifa" serve apenas para usar a palavra de forma matreira a fim de desvalorizar o Mundial gremista, tão importante quanto. Tivemos, sem a desnecessária marca "Fifa", os importantíssimos títulos mundiais do Santos de Pelé, do Flamengo de Zico, do Grêmio de Renato, do São Paulo de Raí.
É como outras "flautas" rançosas e capciosas que andam por aí e que às vezes grudam maliciosamente (algumas delas, revestidas de absurda arrogância, saíram de uso melancolicamente). Já houve casos até mais graves na criação de expressões e lendas urbanas. Nossa linda história não merece essas rasteiras.
O Mundial mudou porque passou a contemplar dois jogos anteriores, em que há disputa com clubes de continentes sem a mesma tradição no futebol. É como uma Libertadores com a fase pré-grupos antes dos jogos entre os clubes sul-americanos e europeus, que, salvo exceções, é o que interessa.
O Real Madrid, por exemplo, é penta campeão mundial. Por quê? Porque ganhou nos dois modelos, evidentemente.
Ainda assim, ontem havia quem dissesse que os caras foram "campeões mundiais Fifa", e não o adequado "campeões mundiais interclubes".
Não venham me dizer que essas palavras são proferidas na santa inocência.
Tudo isso faz eu me lembrar do Campeonato Brasileiro de antigamente. Era uma bagunça maior que a atual. Passou a ser organizado pela CBF em 1979. Nem por isso, consideraríamos os títulos anteriores a essas datas como menos expressivos do que os chancelados pela CBF, como os do Grêmio em 1981 e 1996. Ou será que teríamos de nos reportar aos títulos gremistas como "campeão brasileiro CBF", e os anteriores sem essa "etiqueta"?
Enfim, o importante é vibrar com as conquistas de cada um e não desmerecer as conquistas alheias.
Fica bem melhor assim.