Conhecido como "El Viking" na Argentina por sua firmeza nas divididas, o zagueiro Walter Kannemann, 25 anos, ajudou o Grêmio a estancar um de seus principais problemas: a bola aérea defensiva. Há dois meses no clube, mostrou-se um marcador vigoroso, capaz de parar um atacante do calibre de Gabriel Jesus, um dos artilheiros do Brasileirão. Em entrevista a ZH, o argentino fala sobre a carreira e as mudanças na equipe após a chegada do técnico Renato.
Como foi seu início no futebol?
Nasci em Concepción del Uruguay, na província de Entre Rios (a 300km de Buenos Aires). Com três anos, me mudei para Ciudad Evita, um bairro do município de La Matanza, na região metropolitana de Buenos Aires. Lá, comecei a jogar futebol. Aos oito, fui aprovado para jogar no campo. Mas não sabia que eu iria para o San Lorenzo, só soube depois. Aí passei por todas as categorias até chegar ao profissional.
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Sempre foste zagueiro?
Não, iniciei como atacante. Até os 17 anos, joguei como volante pela esquerda. Só depois que passei a atuar como zagueiro e lateral-esquerdo. No San Lorenzo, tive mais partidas na lateral do que como zagueiro.
Com quais técnicos você trabalhou?
Tive a chance de trabalhar com "Cholo" Simeone, debutei no profissional com ele em 2010. Mas, duas partidas depois, ele foi embora. Depois, voltei para a base e baixei três categorias. Só voltei ao grupo principal dois anos depois, com o Ricardo Caruso. Também trabalhei com Juan Pizzi e Edgardo Bauza.
Foi com Bauza que você mais cresceu?
Eu jogava de lateral e zagueiro. Com Pizzi, fiquei no banco na conquista do Campeonato Argentino em 2013. Quando Bauza chegou, ele me fixou como zagueiro. Tive que esperar para entrar no time, mas atuei em alguns jogos na campanha do título da Libertadores em 2014. Depois que fomos campeões, fui titular até a disputa do Mundial de Clubes.
Entrevista
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Adriano de Carvalho
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