Ao excluir da sua chapa para a reeleição a presidente lideranças que foram importantes na vitória obtida em 2014, Romildo Bolzan Júnior pode ter facilitado a vitória da oposição na eleição para o Conselho Deliberativo.
Por 164 votos a 154, Carlos Biedermann derrotou Gabriel Fadel, que contava com o apoio de Bolzan.
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O oposicionista Adalberto Aquino contabiliza que Biedermann recebeu pelo menos 12 votos do Grêmio Multicampeão, um dos grupos excluídos da chapa situacionista à presidência do clube.
- Só ganhamos pela dissidência - acredita Aquino.
A inclusão de Duda Kroeff na chapa de Bolzan também serviu de combustível para a oposição, entendem as lideranças que trabalharam por Biedermann. Eles afirmam que pensavam no próprio Duda para concorrer contra Romildo e se sentiram traídos.
Na visão da oposição, a vitória de Biedermann fortalece a chapa de Raul Mendes à presidência. Com a dissidência, já se prevê mais do que os 120 votos inicialmente projetados no primeiro turno, dia 25 de outubro. Pela cláusula de barreira de 20%, são necessários apenas 60 pontos para levar a disputa ao segundo turno, dia 12 de novembro, em que a decisão caberá aos associados.
Eleito para um mandato de três na presidência do Conselho Deliberativo, Biedermann não se define como um oposicionista. Prefere dizer que foi eleito por uma chapa de centro, sem vinculação partidária, e que colocará o clube em primeiro lugar.
Na eleição que renovou metade do Conselho Deliberativo, em setembro, ele fazia parte da chapa 2, que se anunciava ao longo da campanha como independente.
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