Rodada após rodada, o Grêmio aborta o seu projeto de aproximar-se do líder Palmeiras. Neste domingo, no gramado pequeno e irregular do Estádio Luso-Brasileiro, no Rio, o time perdeu por 2 a 1 para o Botafogo o jogo atrasado da 19ª rodada e segue fora do G-4 do Brasileirão. O desastre seria ainda maior se jogadores como Camilo, Neilton e Sassá, que passearam em campo pela falta de marcação, fossem mais efetivos nas conclusões. Em uma de suas piores atuações do time no campeonato, a equipe de Roger Machado escancarou defeitos que, a longo prazo, poderão ser fatais em sua luta pelo título.
Logo a dois minutos, o chute de Bruno Silva passou ao lado da trave esquerda. Era o prenúncio de que haveria dificuldades defensivas. Aos quatro, Sassá dividiu com Grassi e a bola sobrou para Neilton marcar. Mas havia impedimento na origem do lance, embora o Botafogo reclamasse de um recuo de Marcelo Oliveira, o que validaria a jogada. Envolvido, o Grêmio só foi responder a 12 minutos, por Walace, mas o chute não ofereceu risco.
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A marcação era calamitosa na frente da área e pelos lados. Walace fracassava na tentativa do brilhantismo individual e chegava atrasado com frequência. Jaílson, em tarde ruim, era envolvido lance após lance. E Maicon perdia-se entre tentar marcar e atacar. Na direita, Edílson sucumbia diante de Neilton e Marcelo Oliveira, na esquerda, marcava mal e obrigava Kannemann a sair do lugar.
A 20 minutos, Maicon foi encoberto em cruzamento de Luis Ricardo e Camilo, de bicicleta, venceu Grassi: 1 a 0.
Pouco depois, ainda impactado pelo primeiro gol, o Grêmio escapou do segundo. Pressionado por Kannemann, Sassá, já dentro da área, bateu sem direção. Só que os problemas estavam longe de terminar. A 28 minutos, Walace foi frouxo na dividida com Luis Ricardo, que avançou e fez passe longo para Sassá. Às costas de Kannemann, o atacante chutou em diagonal a certou o canto oposto de Bruno Grassi.
Aos 37, Dudu Cearense girou na área e só não marcou porque a bola desviou no argentino.
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Diante da ineficiência do ataque, foi preciso que um zagueiro chutasse pela primeira vez. A rigor, uma jogada que originou-se do passe de calcanhar de outro zagueiro, Kannemann, para a conclusão de Wallace Reis para fora.
Nada mudou na segunda etapa. Não fossem as tentativas individuais de Luan, o ataque do Grêmio não seria visto em campo. Henrique Almeida revelou-se um substituto ineficaz para o equatoriano Bolaños. Atrás deles, Douglas foi um mero assistente do que ocorria a seu lado. Com tudo isso, Sidão, goleiro do Botafogo, não foi forçado a uma defesa sequer.
Até sair, por cansaço, Sassá seguiu assustando com suas arrancadas. Para complicar, Walace e Edílson mostravam displicência em divididas que exigiam energia. O atacante Batista, uma das alternativas de Roger Machado, virou personagem dos minutos finais do jogo. Primeiro, teve um gol anulado por impedimento. Apenas um minuto mais tarde, aproveitou passe de Luan e teve técnica, mesmo sem o melhor ângulo, para driblar Sidão e descontar. Ficou a certeza de que poderia ter sido muito mais útil se tivesse entrado antes no lugar de Henrique Almeida.
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