Na mesma fábrica que produziu Luan, o técnico Roger Machado busca as soluções para o ataque do Grêmio. Pedro Rocha e Everton, que começaram o ano disputando a mesma vaga, estarão de novo lado a lado contra o Flamengo. E confirmam uma tendência em voga no clube desde 2013.
Pedro Rocha, 21 anos, e Everton, 20, são projetos de laboratório. Encaixam-se no perfil de atacante com características que o clube considera ideais, como velocidade, explosão e finalização a gol.
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Um conjunto de qualidades que passou a ser aprimorado a partir da criação do Projeto Lapidar. Luan, goleador do time no Brasileirão e destaque da seleção olímpica, é o melhor exemplo de acerto dessa política.
Quando chegou do interior paulista, em 2013, vinha para ser um atacante de lado de campo. Já nos primeiros jogos da Libertadores de 2014, percebeu-se que também tinha qualidade para jogar como armador ou falso nove. E não parou mais de evoluir, até virar o jogador mais importante da equipe e entrar no radar de grandes clubes da Europa, como o Barcelona.
Pedro Rocha e Tilica atuam pelo lado direito. Everton e Guilherme, pela esquerda. Nos treinos, Roger Machado dá liberdade para que os quatro se movimentem por outras faixas do ataque, todas dentro da área que o técnico define como terço final do campo. O que se espera é que, com o tempo, também possam agregar novas características, como Luan.
Há outros projetos de atacante dentro de casa. Erik, trazido de volta após atuar pela Luverdense - MT, também é da mesma escola de atacante veloz. Assim como o recém chegado Pepê, destaque do campeonato paranaense pelo Foz do Iguaçu, e trazido para o grupo de transição.
- Temos uma linha de produção muito acentuada - resume Júnior Chávare, executivo de futebol e ex-coordenador da base, que estava na origem do Projeto Lapidar.
- São todos jogadores agudos, dribladores e finalizadores - observa o presidente Romildo Bolzan Júnior.
A autorização que o clube recebeu do Ministério do Esporte para a captação de R$ 8 milhões para reformas estruturais no CT de Eldorado do Sul é mais um incentivo ao projeto.
Ainda que o Grêmio já seja modelo de formação de jogadores, Bolzan ainda vê o clube atrás de Atlético-PR, Atlético-MG e São Paulo nesse quesito.
- Clube que tem futuro pela frente é o que for formador - resume.
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