Giuliano está fechando as malas para voltar ao Leste Europeu. Dois anos depois de desembarcar na Arena, o meia tomará o caminho da Rússia. Defenderá o Zenit, de São Petesburgo, uma cidade estupenda, erguida por Pedro I, o Grande, para ser o a capital dos czares. Antiga Leningrado, São Petesburgo é a segunda maior cidade da Rússia e a quarta da Europa. É famosa pelas noites extensas e congelantes no rigor do inverno e dias longos no verão.
Giuliano topou voltar ao Leste Europeu – depois de quatro temporadas no ucraniano Dnipro – menos pelo dinheiro e mais por uma escolha pessoal – problemas particulares no Brasil estavam tirando seu foco do campo. O Grêmio até tentou demovê-lo da ideia, mas a decisão de sair parecia tomada. Restou ao clube atender ao seu desejo.
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Se pudesse, tenho certeza, o Grêmio impediria Giuliano de sair. Mesmo que seu rendimento tenha sido, no máximo, regular no Brasileirão, trata-se de um jogador fundamental no esquema de Roger. Há poucos no Brasil com a capacidade dele de atuar como meia pelo flanco, executar com a mesma desenvoltura as tarefas de marcar, fechar pelo meio e entrar na área para arrematar. Sua participação na marcação é tão efetiva que, geralmente, Roger o escala no lado em que há um lateral de aptidão mais ofensiva.
Sem Giuliano, o técnico precisará encontrar alguém no grupo que cumpra essas tarefas. Negueba veio para ser alternativa pelo lado. Mas não tem a mesma força defensiva. Pedro Rocha oferece a dinâmica e a intensidade dos jovens. Apostaria minhas fichas em Ramiro, que já atuou como lateral e meia – como nos tempos de Felipão. Uma pena que está suspenso no domingo.