O convidado do programa Paredão do Guerrinha, da Rádio Gaúcha, neste sábado (4), foi Paulo Odone, ex-presidente do Grêmio. Odone foi o mandatário tricolor por três vezes e, em sua última passagem em 2011 e 2012, foi responsável pelo projeto da Arena. Um dos últimos atos do seu mandato foi inaugurar o novo estádio, em dezembro de 2012.
– Quando eu terminei o episódio de inaugurar a Arena, entregar a Arena pronta, naquela festa, aquele estádio lotado, aquela torcida tricolor com euforia e orgulho. Aquilo era quase que uma fantasia, um sonho – lembrou.
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Odone foi criticado por parte da imprensa e também dos torcedores por ter "apressado" o processo de inauguração para que ela ocorresse em seu mandato. O ex-presidente revelou que uma possível participação do estádio na Copa do Mundo de 2014 foi o motivo da entrega da Arena no final de 2012.
– As críticas são terríveis. Tive críticas que diziam que eu tinha inaugurado às pressas, que eu apressei por orgulho pessoal. Não, eu tinha feito o contrário, era uma pré-condição para assumir os dois anos de Grêmio. Para entregar nesta data, para cumprir o que o Grêmio pleiteava diante da FIFA, de que se o estádio do Inter não conseguisse ser a sede, nós não iríamos deixar de ter Copa do Mundo em Porto Alegre – contou.
O dirigente lembrou também alguns detalhes do processo de construção da Arena, como viagens a Portugal. O ex-presidente acredita que o novo estádio é fundamental para que o Grêmio esteja entre os grandes clubes do mundo e elogiou estrutura da Arena.
– Os grandes clubes do mundo vão estar nesta categoria, dos que têm as suas grandes praças de esporte, modernas, com outra visão de futebol. Não há estádio mais moderno, mais funcional do que a Arena do Grêmio – comentou.
O ex-presidente ainda voltou a rebater a já célebre declaração de Fábio Koff no início de 2013, quando disse que a Arena não era do Grêmio.
– A Arena só pode funcionar com seu torcedor. Isso é um casamento para sempre. A Arena só vai ter alma se o torcedor tiver empolgado, orgulhoso da sua Arena. Acho que foi um grande erro do maior presidente que o Grêmio já teve. Acho que ele errou, deu um tiro no pé, quando disse que a Arena não é do Grêmio. Isso não é verdade. A Arena é do Grêmio. O que existe é que, na forma de pagar a Arena, por 20 anos tem que compartilhar a gestão e exploração de tudo. Quando dava lucro, 65% era do Grêmio, quando dava prejuízo só quem pagava era a OAS – afirmou.
Desde 2001 o Grêmio não conquista um título nacional. Odone falou sobre o momento do clube.
– O ambiente de discórdia, de ódio, que vingou dentro do Grêmio, é algo terrível. É muito difícil ser presidente, líder, vendo aquele ódio entre as correntes dentro da própria diretoria. Isso macula o Grêmio como nunca. Essas caras têm que se juntar para o Grêmio ter um título. Eu me afastei para não agravar esse ambiente que tem lá. Eu disse isso para o atual presidente e ele concordou comigo. O Grêmio precisa de paz – comentou.
Além do biênio 2011-2012, Odone foi presidente em 1987 e 2005. Na primeira vez como presidente, ganhou a primeira Copa do Brasil da história, em 1989. Na segunda passagem, subiu para a primeira divisão do futebol brasileiro. E em 2007, o Grêmio de Odone foi vice-campeão da Libertadores da América, perdendo o título para o Boca Juniors.
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