Júnior recomeçou. Após um ano sem muito espaço, o lateral-esquerdo foi emprestado ao Joinville para a disputa da Série B. Destaque do Grêmio na Copa São Paulo de 2015, teve uma rápida ascensão no primeiro semestre do ano passado. Deixou a base direto para o titular de Felipão no Gauchão. Só que, depois das oportunidades, o lateral caiu no ostracismo. Dos bastidores do clube, pipocavam informações sobre os problemas de comportamento do jogador. De desinteressado a "mascarado", Júnior perdeu espaço no grupo profissional e voltou a atuar na base. Fato que o lateral nega. Diz que sua timidez foi confundida com arrogância.
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Em 2016, sem perspectivas de voltar ao grupo principal, veio a proposta para defender o Joinville. Emprestado até o final do ano, ainda mantém vínculo com o Grêmio até dezembro de 2017.
Em sua "despedida" do Grêmio, participou do Gre-Nal pelo Gauchão Sub-20. Saiu com a vitória por 1 a 0 e já conquistou espaço no time titular na equipe catarinense. Das cinco rodadas, atuou em quatro. Também começou um jogo da Copa do Brasil. Morando com a esposa Fernanda, de 18 anos, Júnior quer manter o foco no Joinville. Sem pensar em outras oportunidades, apenas garantir que o clube catarinense faça uma boa campanha e conquiste novamente um lugar na Primeira Divisão do ano que vem.
Como está a vida no Joinville?
O foco é voltar para a Primeira Divisão, estamos trabalhando forte para isso. Quero muito ajudar na busca do acesso. A estrutura é muito boa. Nosso centro de treinamento e o nosso estádio são muito bons. Quero o acesso com o clube. Só consigo pensar em fazer um bom campeonato aqui.
O que atrapalhou sua passagem no Grêmio?
A conversa foi de que eu teria perdido o foco por outras questões, isso atrapalhou um pouco. Mas agora estou com outros pensamentos. O que me atrapalhou mesmo foi o foco. Meu salário aumentou bastante e teve algumas coisas que atrapalharam. Não quero falar nada, cada um tem um jeito. Sou mais reservado. Já passou, agora estou com uma nova vida.
O que o prejudicou então?
Teve um mal-entendido da comissão técnica, com o Felipão eu estava jogando. Não me entenderam, eu sou uma cara na minha e um pouco mais tímido. Pensaram que eu era mascarado, mas já passou. Estou vivendo uma nova fase aqui, não tenho mágoas com o Grêmio. Estou buscando meu espaço no Joinville.
Como era a relação com o Felipão?
O Felipão me lançou, foi um paizão. Eu perguntava o que tinha errado e ele me indicava o caminho. Quando errava, ele me cobrava. Mas também sabia elogiar na hora certa. Vou levar essa experiência com ele para toda minha carreira.
Pensa em voltar?
O meu foco agora é todo no Joinville. Meu pensamento é todo aqui. O Grêmio tem vários laterais bons para a função, estão bem servidos. Então tenho que cuidar aqui para buscar meus objetivos.
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