Após a derrota por 1 a 0 na Arena, era razoável listar atenuantes para o vareio. A primeira delas, a maratona de quatro jogos em nove dias. A outra era uma expectativa: o Rosario Central não jogaria de novo tão bem, assim como o Grêmio não haveria de ser tão ruim mais uma vez.
Pois a derrota por 3 a 0 na Argentina – um gol para cada eliminação no semestre –, desnuda a verdade dos fatos. O Grêmio levou um banho de bola, fechando a tunda em 4 a 0 no placar agregado por um motivo singelo: o Central é muito superior em todos os aspectos.
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Não restam desculpas, até por que o elenco argentino vale R$ 140 milhões, contra R$ 260 milhões do Grêmio, segundo o site Transfermarket. Não dá para alegar crise ou falta de dinheiro para reforços. O Central montou um baita time sem estrela alguma. Não houve nem sequer erro de arbitragem para resmungar. O trio do apito acertou todas.
O Grêmio deve agradecer aos céus pelos argentinos terem tirado o pé do acelerador depois do terceiro gol. Era para ter sido mais, diante de um Grêmio apático e envolvido técnica e taticamente.
TITANIC – Não sei se seria diferente com Marcelo Oliveira. Impossível dizer. Ele vinha mal. Mas o fato é que Marcelo Hermes naufragou. Somado a Fred e Luan, que não ajudava na recomposição, o lado esquerdo de defesa virou um Titanic.
FALHAS – Marcelo Grohe é um goleiraço, mas errou no primeiro gol do Central. Todos cabeceiam na área do Grêmio, venha de onde vier o cruzamento, mas a bola veio em cima dele e sem força. Escrevi várias vezes aqui na coluna: Donatti, 1m91cm, sobe lá no alto. Tinha feito três gols na Libertadores. Quatro, com o de ontem.
SHOW TÁTICO – Grêmio e Rosario adotam o mesmo conceito: posse de bola, pressão, marcação alta, movimentação e troca curta de passes. Quem não sabe? Em nenhum momento, na Arena ou Arroyito, o Grêmio encontrou um antídoto para estes princípios, que foram os seus no ano passado. O Central desarmou lá na frente a noite toda, sempre com quatro apertando a saída de bola. Não deu balão, aproximou, ganhou todas divididas com espírito de Libertadores, atacou o portador da bola em trio muitas vezes. Um show tático.
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