A frase do presidente Romildo Bolzan Júnior poder ser colocada dentro ou fora do contexto. Não importa. Não se diz numa entrevista pré-jogo de Copa Libertadores da América que o seu time tem força para fazer cinco gols no adversário – ainda mais, muito mais, se a equipe visitante for argentina. Nem sei se a declaração será usada pelo adversário, o que talvez nem possa influir na partida, há muito folclore embutido no meio, mas a frase é inoportuna. Foi destaque no atento e aquecido Olé, diário esportivo da Argentina.
Romildo, de trabalho elogiado no clube e já reconhecido como um dirigente especial no centro do país, falou no calor do vestiário, depois de uma boa partida do Grêmio, vitória que pareceu uma goleada contra, outra desclassificação prematura no Gauchão.
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A impensada declaração presidencial não serviu ao Tricolor. Só ao adversário. O jogo contra o Rosario Central nesta quarta-feira, na Arena, será o termômetro. Os graus centígrados, mais ou menos intensos, serão medidos de verdade na semana que vem no caldeirão de Rosario.
Outra entrevista que espantou o torcedor teve Maicon como protagonista. O capitão falou 24 horas depois do histórico jogo de domingo passado, na Arena. Não se portou como o líder, mas como um atleta comum, simples coadjuvante, mais um. Não mostrou nem por um segundo a capacidade de indignação, mobilização e liderança que classifica um capitão. Suas declarações pertencem ao jogador comum, prostrado, acostumado aos resultados ruins.
Maicon frequenta aldeia desde 2015. Disputou três títulos na temporada passada. Perdeu. Já naufragou em dois nos últimos quatro meses. Nas derrotas se vê o conjunto, não a individualidade. Mas certos jogadores precisam exibir mais do que falam na frente dos ávidos repórteres. A torcida ouvirá tudo. Eles são classificados como líderes de grupo, correm em campo, e Maicon corre muito, com cobiçada braçadeira de capitão.
Maicon é um volante inteligente, leitor de jogo, capaz de marcar e criar. Sua irregularidade não tem feito bem ao time nos últimos meses, todos esperavam mais. Mas, quando o volante com capacidade de meia consegue mostrar o futebol real, sempre é destaque e o time avança. Talvez ele nem seja o capitão que o Grêmio espera, almeja. O zagueiro Geromel, o mais indicado, oferece outra postura. A braçadeira é dele por direito. Giuliano seria outro candidato, o número 2.
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