Maior contratação gremista dos últimos tempos, o meia Giuliano está sorridente e confiante como pouco se viu desde o ano passado. Em 2015, uma lesão no púbis o prejudicou e atrapalhou muito o time gremista que tinha nele o responsável pelo ritmo e pela velocidade na ligação entre meio-campo e ataque. As informações são da Rádio Gaúcha.
Com sua tradicional raça, mas sem a plenitude física, fica difícil manter as boas atuações e, se ele vai mal, provavelmente a equipe também sofre. Para 2016, a desagradável convivência de Giuliano é com uma inflamação na sola do pé. A fascite plantar já o tirou de várias partidas, o fez jogar com dor e se mostra um inimigo quase permanente. Desde sua volta, há dois jogos, ele garante que está sem dor. Coincidência ou não, foi o melhor em campo contra o Brasil na quarta-feira passada, com direito a gol, assistência e muita intensidade.
Leia mais
Arroz e feijão, dor e vídeo da cotovelada: os bastidores da recuperação de Bolaños
Luiz Zini Pires: medo do Grêmio no Equador mora nas duas laterais
Walace e Bobô são poupados no primeiro treino do Grêmio em Quito
O velho Giuliano começou a se destacar no Paraná Clube aos 17 anos, como homem avançado, mas hoje é extremamente versátil, está sorrindo novamente e é a própria imagem da confiança na preparação gremista em Quito.
Aos 25 anos (fará 26 no final de maio), o paranaense já foi melhor jogador de uma Libertadores da América, em 2010, em que costumava ser reserva, e agora tem muito claras suas ideias e atitudes. Na base de um "tricolor politicamente correto" disse aos repórteres do Equador que já havia jogado contra a LDU, em Quito, em 2010 "por um outro clube".
Na insistência dos jornalistas, lembrou que foi pelo Internacional, num tom respeitoso de quem foi ídolo no atual rival. Na entrevista aos equatorianos, foi elogiado pela qualidade de seu espanhol. Um repórter chegou a identificar que o jogador tinha sotaque de uruguaio. A justificativa foi de que desenvolveu o idioma na Ucrânia, quando se comunicava nesta língua com seu técnico, nascido na Espanha, no Dnipro.
Segundo volante?
Mas não foi só o aprendizado do espanhol que Giuliano trouxe do leste europeu. Há uma característica tática que chegou a levantar a hipótese do técnico Roger usá-lo de maneira diferente na próxima quarta-feira, se o volante Walace não puder jogar. No Dnipro, atuou como segundo volante durante muito tempo, algo que já tinha acontecido em alguns jogos no mundial sub-20 do Egito, em 2009.
Treinado na época por Rogério Lourenço, o Brasil foi vice-campeão com Giuliano como capitão e um dos destaques do time.
Mudar de posição?
Giuliano acredita que seu futuro no futebol será como volante
Meia disse que, se Roger necessitar, poderá atuar na posição diante da LDU, pela Libertadores
GZH faz parte do The Trust Project