Regularizado ontem na CBF, Miller Bolaños virou a grande atração do Grêmio para encarar a LDU nesta quarta-feira, na Arena, pela Libertadores. É possível, inclusive, que inicie como titular no lugar de Douglas ou de Everton. Na avaliação da comissão técnica, o equatoriano tem condição de jogar, no mínimo, 60 minutos em alta intensidade.
Ao passo que os dirigentes do Grêmio resolviam as pendências sobre inscrição na Libertadores, troca de garantias bancárias com o Emelec e a documentação de trabalho no Brasil, Miller, como gosta de ser chamado, suava a camisa no CT Luiz Carvalho.
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Como não havia realizado pré-temporada no Equador, começou sua preparação particular sob orientação do preparador físico Rogério Dias Luiz, o Rogerinho, em 9 de fevereiro. Em três semanas, foram 25 sessões de treinos, sendo 11 delas dedicadas à parte física e técnica e 14 com foco na adaptação às questões táticas do time. Realizou praticamente a mesma programação que o resto do grupo encarou em janeiro.
- Avaliamos como muito satisfatório o desempenho dele neste período. Acredito que ele tem condição de suportar bem uns 60 minutos em alta performance. Está bem condicionado, bem adaptado. Mas precisa adquirir ritmo de jogo gradativamente - analisa Rogerinho.
No treino desta segunda-feira, em campo reduzido com os reservas, Bolaños esbanjou categoria e qualidade na criação de jogadas. Vestindo colete amarelo sobre uma camisa de manga longa, em meio ao forte sol do final da manhã, cumpriu bem a função de municiar Bobô e Henrique Almeida.
E marcou um belo gol ao completar de cabeça um cruzamento de Marcelo Hermes. A todo o tempo, era procurado pelos colegas para rodar a bola no meio-campo. Acionado aos gritos de "Miller, Miller", também arriscou arremates perigosos.
- Ele é muito rápido, tem qualidade na conclusão. Tem potencial para nos ajudar. Aumenta a concorrência e a dor de cabeça para o Roger. Ele será um acréscimo importante - diz o zagueiro Pedro Geromel.
No vestiário, os companheiros tratam de facilitar ao máximo a adaptação do equatoriano. Embora Bolaños ainda entenda poucas palavras em português, demonstra bom humor para superar as barreiras de entendimento impostas pelo idioma. O grupo, inclusive, fez até uma brincadeira curiosa para marcar sua chegada ao clube.
- Pegamos uma foto da dupla "Pepê e Neném" e colocamos no grupo com a legenda "bem-vindo, Bolaños". Foi algo sadio, que ele levou numa boa - conta Giuliano, sem esconder o riso. - Acho que ele está bem à vontade, a gente conta muito com ele. É um jogador excepcional - completa o meia.
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