Os médicos do Grêmio trabalham para recuperar Giuliano a tempo da estreia na Libertadores contra o Toluca, em duas semanas, no México. O meia, que sofre com as dores de uma fascite plantar no pé esquerdo, sentida no amistoso com o Danubio, realiza tratamento intenso para solucionar o problema, recorrente no elenco de Roger Machado nos últimos seis meses.
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Para recuperar Giuliano, o departamento médico do Grêmio aposta em um tratamento com três etapas. Além do repouso, que é fundamental neste tipo de lesão, o jogador recebe aplicações de anti-inflamatório e também faz fisioterapia para fortalecer a musculatura do pé.
Outro procedimento comum, indicado por Rabaldo, é a utilização de uma palmilha de gel para caminhar - e não com a chuteira durante os jogos. Curiosamente, o fato de a lesão de Giuliano se tratar de uma ruptura parcial do tendão é positivo. Segundo o médico, isto faz com que o inchaço na região diminua.
- Ele estava com a fascia inflamada e tensa. Com a ruptura, o tendão descomprime - explica.
Embora o departamento médico evite fixar data para o retorno de Giuliano aos treinos com o elenco, isto é esperado para o início da próxima semana. Assim, o meia teria tempo de recuperar sua condição física ideal para viajar ao México em 13 de fevereiro. A estreia na Libertadores em Toluca ocorrerá no dia 17, no estádio Nemesio Díez, localizado a 2,6 mil metros acima do nível do mar.
Desde junho, outros três jogadores se queixaram de dores na sola dos pés: Luan, Marcelo Grohe e Erazo - que foi para o Atlético-MG. Entre as causas apontadas pelo DM para a frequente incidência desta lesão está o jovem gramado do CT Luiz Carvalho, plantado há um ano e meio. Responsável pela construção do campo, a engenheira agrônoma Maristela Kuhn garante que o piso segue as normas da Fifa.
- O gramado do CT foi construído com base nos padrões da Fifa. No final do ano, fizemos a descompactação do solo utilizando uma máquina de perfuração. Se fosse um gramado antigo, sem manutenção, feito de terra ou argila, teria influência nas lesões. Mas o piso foi feito com areia aprovada pela Fifa, tem zero de compactação - afirma Maristela.
Segundo o médico Paulo Rabaldo, o campo ficou mais duro para os atletas por conta da pouca quantidade de chuva na Capital durante a pré-temporada em janeiro. Além disso, o impacto da planta do pé sobre o terreno foi ampliado pela alta intensidade dos trabalhos físicos e técnicos sob forte calor. No caso de Giuliano, o que ocorreu foi uma ruptura parcial da fascia plantar, um tecido fibroso (tendão) na planta do pé que une o calcanhar aos dedos.
- Foram quase 20 dias com chuva escassa, o campo fica um pouco duro pela falta de umidade. Por mais que os agrônomos trabalhem para diminuir os efeitos, a grama fica desidratada e isto influi no impacto. Quanto mais chuva, menor a tensão - afirma Rabaldo.
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