Em um lance, Everton mostrou o espírito que o Grêmio precisa ter em 2016. Ímpeto, gana, explosão, gol. Por querer balançar as redes, o garoto foi o melhor jogador do Grêmio no empate com o Danubio – 1 a 1.
Foi o primeiro amistoso da temporada, é preciso dar os descontos, evitar exaltações ou criticas severas demais. Por isso, destaco a postura de Everton na Arena. Apanhou uma bola na defesa, arrancou feito Usain Bolt, ignorou os marcadores e só parou quando desferiu um balaço que virou gol. Dos titulares, Everton foi o único que desejou o gol.
Cabeceou e arriscou de longe no primeiro tempo, concluiu duas vezes no segundo. Mostrou serviço. Seus colegas jogaram um amistoso mesmo, confortáveis nos incontáveis toques de lado.
A pouco menos de um mês da estreia na Libertadores, o amistoso mostrou que Roger Machado terá muito trabalho. O Grêmio enfrentou um time de segunda linha do Uruguai. O Danubio não ficaria no G-4 da Série B do Brasileiro. No amistoso, o apetite ofensivo seguiu ausente, falha verificada pela manhã no empate sem gols dos reservas com o Novo Hamburgo. É um defeito que vem de 2015.
Já a defesa, que era sólida no Brasileirão, deu espaços. O primeiro tempo foi de boa atuação, controle, porém horizontal. O Grêmio não foi incisivo, teve uma superioridade inútil. Na etapa derradeira cansou e deixou de levar dois ou três gols. Marcelo Grohe fez uma defesa difícil em cobrança de falta.
A direção acerta ao buscar um atacante, Robinho seria bem-vindo. Só que neste sábado faltou articulação, aquele passe difícil e decisivo. O time não criou com bola no chão, Douglas só estreou as novas camisetas. Lincoln cobrou um escanteio e fez mais do que Douglas. Depender apenas do veterano camisa 10 é suicídio.
Wesley mostrou personalidade, tentou ir ao fundo. Walace e Maicon são afinados, Geromel é o esteio da defesa, que teve problemas. Sólida e sóbria até o final do primeiro tempo, virou uma peneira. Kadu protagonizou um dos lances mais ridículos da curta história da Arena. Subiu sozinho e cabeceou contra o patrimônio. Um lance bizarro. O novo reforço lembrou um caminhão desgovernado em certos momentos. Tentou não se complicar e jogar simples, mas o gol contra liquidou sua estreia. Pareceu um zagueiro inseguro e de intimidade limitadíssima com a bola.
No futebol, é balela aquela história de que a primeira impressão é a que fica. Vale a última. Assim, Kadu pode se recuperar. Sua primeira impressão foi desastrosa. Geromel também iniciou sua trajetória tricolor com gol contra. Espero que Kadu comprove nos próximos jogos que joga bem mais do que demonstrou no empate com o Danubio.
Veja o que disseram os jogadores após a partida
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