A condenação única de Erazo no gol que deu ao Inter a vitória no Gre-Nal é um pouco a visão medieval de caçar bruxas em um esporte coletivo. É sempre mais fácil achar um culpado único. Que o zagueiro da seleção equatoriana errou, não se discute. Mas antes dele falharam Pedro Rocha, que acompanhou Dourado por um hectare sem desarmá-lo.
Marcelo Oliveira poderia levar meia-lua de um ponteiro faiscante na corrida, mas não de um volante, por melhor que seja. O lado esquerdo da defesa gremista ruiu inteiro. Erazo apenas fechou a mancada coletiva, ao acreditar no tal apelido El Elegante e tornar um tanto brega o Gre-Nal para Grêmio. Se é para enforcar alguém, providenciem mais laços no alto do cadafalso.
O Grêmio chegou até onde chegou na competição com um conceito de futebol. Não pode questionar tudo por um resultado apenas. A direção certamente não o fará, é claro, mas o torcedor tem de ser solidário. Já ouço resmungos aqui e ali. Alguém apostava em título este ano? O desempenho está muito acima do que se esperava, esta é a verdade.
Por isso é fundamental reforçar o grupo, como tantas vezes se disse mesmo no auge das atuações do primeiro turno, para dar o salto de qualidade. O Grêmio está no começo de um projeto, e não no fim.
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