A detalhes de concretizar a compra da gestão da Arena, o Grêmio busca nos Estados Unidos uma parceira para explorar o potencial ainda adormecido do estádio. A AEG (sigla de Anschutz Entertainment Group), fundada há 16 anos, é referência mundial na arte de transformar complexos multiuso em negócios lucrativos.
Grêmio encaminha acerto com parceira americana para gerir a Arena
A empresa se formou a partir das ideias do magnata americano do entretenimento Philip Anschutz, que tem fortuna avaliada em U$$ 11,8 bilhões e é considerado o 104º homem mais rico do mundo pela revista Forbes. Em 1999, construiu sua primeira arena em Los Angeles, num projeto em parceria com a prefeitura local para revitalizar o centro da cidade.
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Passados 16 anos, o complexo, que teve seus naming rights vendidos a rede Staples, líder no ramo de materiais de escritório, virou referência em shows musicais e tornou-se a casa do Los Angeles Lakers, do Clippers (NBA, basquete), do Sparks (WNBA, basquete) e do Kings (NHL, hóquei). Anualmente, recebe cerca de 250 eventos e quatro milhões de espectadores.
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O sucesso do Staples Center foi a senha para a AEG expandir seu negócio, que hoje abrange 125 arenas no mundo. Mas a entrada do "soccer" na estratégia foi decisiva. A partir da compra do LA Galaxy, que disputa a MLS (Major League Soccer), principal divisão do país, Philip Anschutz passou a encarar o futebol como entretenimento. Ao buscar uma contratação de impacto, capaz de alavancar sua equipe e atrair novos torcedores, se fez a seguinte pergunta:
- Qual jogador faria qualquer pessoa sair de casa para assistir a um jogo de futebol?
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A resposta foi David Beckham. Em 2007, Anschutz ofereceu um contrato de cinco anos ao astro inglês, que faturou U$$ 250 milhões neste período, entre idas e vindas do Milan. O meia deixou o Real Madrid para se aventurar na terra do Tio Sam. Como resultado, atraiu mídia, levou milhares ao estádio e foi bicampeão da MLS: 2011 e 2012.
Exigência de última hora da OAS adia acerto para compra da Arena
Nesta época, a AEG já operava no Brasil. Seu primeiro projeto no país foi a consultoria prestada ao Palmeiras e a WTorre para a construção da arena que tomaria o lugar do Palestra Itália. Em 2013, a empresa americana foi decisiva para a venda do naming rights do estádio para a seguradora alemã Allianz, em um contrato de R$ 300 milhões válido por 20 anos - o maior já fechado no país.
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A empresa americana também concebeu o projeto da Arena da Baixada, do Atlético-PR, mas não assumiu sua gestão. Atualmente, são três os estádios administrados pela AEG no Brasil: Maracanã, Allianz Parque e Arena Pernambuco.
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A experiência da empresa americana neste ramo chamou a atenção do Grêmio. Quando a compra da Arena foi deflagrada, a direção precisava de um parceiro para elaborar um projeto de gestão para o estádio. Tudo para que Banrisul, Santander e Banco do Brasil concordassem em afiançar a negociação.
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As primeiras reuniões entre Grêmio e AEG ocorreram em abril deste ano. E em junho a empresa já havia apresentado um estudo preliminar sobre as potencialidades da Arena que podem ser exploradas com a transferência da gestão da OAS para o clube. Isto serviu de base para o acordo já assinado pela direção com os bancos.
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Como há um termo de confidencialidade, nenhuma das partes se manifesta oficialmente. Mas fontes ligadas à direção do Grêmio confirmam a ZH a intenção de entregar a gestão do estádio à AEG.
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Resta agora a resolução das últimas arestas da negociação com a OAS, o que pode ocorrer nesta segunda-feira, e a aprovação do contrato da compra pelo Conselho Deliberativo, que levaria no máximo um mês. Vencidas estas etapas, o Grêmio poderá chamar a Arena de sua. E utilizar a experiência da AEG para gerar lucros ao clube.
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Adriano de Carvalho
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