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A Arena viveu sua noite mais dramática do ano nesta quarta-feira. Desacreditado, o Fluminense saiu em vantagem, sofreu o empate no segundo tempo, mas resistiu ao sufoco do Grêmio e garantiu vaga nas semfinais da Copa do Brasil. O resultado de 1 a 1 frustrou a torcida, que agora se apega ao Brasileirão como esperança de fechar a temporada com um título.
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Ficou claro, desde os primeiros minutos, que a noite seria de sobressaltos e aflição para a torcida. Como Roger Machado havia antecipado, o Fluminense montou uma reforçada linha defensiva, em que Pierre e Cícero sempre contavam com o auxílio dos armadores para ocupar a intermediária. Quando atacava, o time carioca apostava na velocidade de Gerson e Marcos Júnior e na presença perigosa de Fred.
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O Grêmio também não se ajudava. Certamente ansioso por não achar espaços, abusava dos passes longos, por Edinho e Galhardo, quase todos errados. Faltava a habitual infiltração de Pedro Rocha e Luan, pouco inspirados. Giuliano criava numa área muito recuada do campo e Douglas parecia desligado. Não havia a pressão que o time costuma impor em seus domínios. Por isso, uma sensação de incômodo percorria a Arena.
O Fluminense foi o primeiro a concluir. A 12 minutos, em cruzamento de Marcos Júnior, Gerson concluiou de calcanhar e Grohe defendeu. A essa altura, Thyere já se ressentia de dores nas costas. Pouco depois, o zagueiro errou o salto e atingiu Grohe, que caiu no gramado.
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Foram 20 minutos de improdutividade gremista. Uma situação só alterada no cruzamento rasteiro de Galhardo que Erazo, na frente de Cavalieri, bateu muito alto. Ainda havia precipitação nos passes, mas o volume já havia aumentado. Douglas cabeceou para fora cruzamento de Giuliano. Na sequência, Walace tentou de fora da área, mas não acertou.
Só que o Fluminense seguia perturbando a cada investida pelos lados do campo. E voltou a assustar em chute de Gerson, que Grohe defendeu no canto esquerdo. A chance desperdiçada por Luan, que chutou fraco, tendo apenas Cavalieri pela frente, seria punida pouco depois. A 39 minutos, Marcos Júnior ergueu para a área, Erazo não conseguiu antecipar e Thyere foi superado por Fred, que acertou o cabeceio e colocou o Fluminense em vantagem.
Não fosse a agilidade de Grohe, que conseguiu afastar no limite o chute de Marcos Júnior, o quadro seria ainda pior. Numa noite dos goleiros, foi a vez de Cavalieri salvar aos 45 minutos, no cabeceio de Erazo.
Atacar era a única alternativa de salvação para o Grêmio. E Roger arriscou no intervalo, ao trocar Walace por Bobô. A agressividade, contudo, era menor do que o esperado. Pelo contrário, o Fluminense, impertubável, trocava passes com eficiência e seguia perigoso nas arrancadas de Gerson. E ainda havia mais espaço para que o perigoso Léo avançasse pela esquerda.
Roger ousou de novo e trocou Douglas por Fernandinho. Com quatro atacantes, o Grêmio ganhou espaços dentro do campo do Fluminense. Mas ainda faltava a chance real para marcar, muito por conta do bom desempenho dos zagueiros Gum e Marlon.
Com Maxi Rodriguez, que entrou na vaga de Pedro Rocha, Roger tentou dar ao time o que lhe faltava, a ambição do chute. Foi o que o uruguaio fez a 25 minutos, forçando Cavalieri a ceder escanteio.
Se faltava maior qualidade, sobrava insistência ao Grêmio. E ela deu resultado. A 29 minutos, depois de passe de Edinho e rebatida da defesa, Bobô acertou de pé direito e venceu Cavalieri. A esperança renasceu para quase 46 mil torcedores. Aos 36, o chute de Galhardo, de fora da área, passou perto. Cavalieri voltou a ser decisivo pouco depois em cabeceio de Fernandinho.
A pressão seguiu forte, mas a organização já havia sumido. E a noite terminou triste.
*ZHESPORTES