A vaga na quarta fase da Copa do Brasil ficou mais longe. A inesperada derrota por 1 a 0 para o Criciúma, na noite desta terça-feira, na Arena, força o Grêmio a vencer por dois gols de diferença o jogo de volta, dia 21, no Heriberto Hülse - ou por um gol de diferença, desde que marque pelo menos dois gols.
A forte pressão da segunda etapa não teve resultado prático pelos defeitos nas conclusões. Foi a primeira vez que o time perdeu em casa sob o comando de Roger Machado. Caso seja eliminada, restará como prêmio de consolação disputar a Copa Sul-Americana a partir de agosto.
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Imagens: Marco Souza
No primeiro tempo, faltou a habitual imposição do Grêmio quando atua em seus domínios. Postado na frente da sua área, o Criciúma evitou as penetrações de Pedro Rocha e Luan e tornou o jogo lento. Restava como recurso chutar de longe. Numa das poucas jogadas bem construídas, a arbitragem errou. A 22 minutos, Luan serviu a Pedro Rocha, que marcou com um leve chute por cobertura. Na equivocada visão do auxiliar Dibert Pedrosa, houve impedimento e o gol foi anulado.
Era só o começo dos problemas. O Criciúma saltaria na frente a partir de um erro de Geromel, que passou errado e armou o contra-ataque. Em cruzamento de Maicon Silva, Pedro Rocha atrapalhou-se com o assédio de Lucca e marcou contra, de cabeça. Na súmula, foi registrado gol de Lucca.
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Imagens: Marco Souza
A partir daí, só o Grêmio jogou. De uma hora para a outra, o time tornou-se rápido, empurrou o adversário para trás e passou a acumular chances. Todas elas desperdiçadas, para frustração dos torcedores. Na primeira, a 43 minutos, Pedro Rocha ficou cara a cara com o goleiro, que salvou. E o que dizer do chute raquítico de Luan, a 44 minutos, tendo somente o goleiro Luiz pela frente? Parecia a confirmação de uma noite infeliz. Ainda haveria uma última oportunidade, com Giuliano, igualmente desperdiçada, com um chute sobre o marcador.
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Pela primeira vez desde a chegada de Roger Machado, o torcedor queixou-se do desempenho do time. O próprio treinador demonstrou ira ao entrar esbravejando no vestiário. Na volta, disse que sua reprovação não tinha como alvo o time, mas o gol anulado de Pedro Rocha.
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Imagens: Marco Souza *ZHESPORTES
O segundo tempo começou com um novo susto do Criciúma, em conclusão de Wellington que obrigou Grohe a uma defesa salvadora. O Grêmio entendeu que seria preciso maior energia para empatar. Esteve próximo disso a 12 minutos, em chute de Marcelo Hermes, que acertou a parte externa da rede. O volume aumentou quando Roger trocou o apático Douglas por Fernandinho. Disposto a resistir, o Criciúma recuou até seus atacantes e fechou-se ainda mais. Mesmo assim, o empate quase saiu aos 14 minutos, em chute cruzado de Marcelo Hermes. Aos 20, Fernandinho recebeu de Maicon e, dentro da área, arrematou fraco. Aos 24, em sua última chance antes de ser substituído por Mamute, Pedro Rocha bateu de longe, com perigo.
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A troca de Luan por Braian Rodríguez, a 31 minutos, foi a última tentativa de Roger de salvar a noite. O Grêmio trocava passes à espera de uma brecha, que não surgia. O risco era a velocidade do contra-ataque. Foi numa jogada assim que quase surgiu o gol. Lançado por Lucca, Paulo Sérgio teve o gol aberto na sua frente, mas errou o alvo.
A última chance foi desperdiçada por Galhardo, a 44 minutos. Devido a lesão de Yuri Mamute, o Grêmio terminou a partida com um jogador a menos. A compravação de que não foi mesmo uma jornada exitosa.
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