O Grêmio ingressa numa faixa especial que já era conhecida pelos gregos antigos. Não pensem que estou dando uma volta, na verdade, estou chegando ao ponto. A situação do time de Renato Portaluppi é trágica, nesse sentido que estou usando. Não pode perder e se não souber ganhar os dois jogos pela frente, Vasco hoje e Flamengo no domingo, terá perdido tudo.
Tudo é a possibilidade de chegar à Libertadores, depois de uma longa trajetória em que se manteve entre os três primeiros e tinha boas razões para apostar no futuro. Mas desandou, perdeu, está voltando de Belo Horizonte de uma goleado do Cruzeiro de três a zero.
Nada é impossível, apenas trágico. Esse sentimento de que não há alternativa, apenas uma, é mesmo uma aflição, mas é também o limite humano a que temos que nos submeter. O time tem forças, mas é vitimado por um desperdício demasiado. Já são seis jogos sem um único gol. Tudo isso se corrige, se desentorta o pé, se firma a cabeça e se fica de pé. Bem simples, mas é o que o Grêmio não poderá deixar de fazer, a começar nesta noite na Arena com um público reticente e pesaroso, mas capaz de entender que não tem mais saída. Esta é a dimensão trágica do Grêmio.