Não poderia ser mais severa e com tanta significação na tabela o jogo dessa noite na Arena. O Grêmio recebe o líder do Brasileirão, o Cruzeiro. O que mais se sabe do time de Marcelo Oliveira, um dos técnicos emergentes, é que lidera o camnpeonato, tem jogadores pouco conhecidos ou badalados, mas é um time, um dos poucos times que temos, vai e volta com disciplina tática, transferência justa de responsabilidades, já está com 25 dos 39 pontos disputados. Não é trilha de campeão, mas é uma das tantas vias.
Renato Portaluppi não se queixa, mas registra con insistência o fato de que, a cada jogo, precisa mudar o time. Nesta terça, tinha treino fechado, talvez não seja a hora de antecipar muita coisa. Mas deve jogar com três zagueiros, já que os três estão aptos, volta Pará de suspensão, Vargas estaria convocado por sua seleção se não estivesse machucado, e Riveros está com o Paraguai. Mas volta Kleber, que tenta se justificar no ataque com o apagado Barcos.
Desarrruma-se o time mais uma vez, mas é do jogo. Maxi Rodríguez já jogou meio tempo nas inúmeras convocações para o time principal. É o jogador do futuro imediato gremista, talvez essa noite possa até ser uma surpresa agradável.
Mas a grande notícia do jogo é que baixaram os preços, numa promoção mais do que justa e que desponta com a única solução viável para a administração de estádios como a Arena.
O tempo estava incerto, constrastando com a certeza solar do jogo.
Seleção sem gaúchos
Não há um único jogador de Grêmio e Inter na Seleção de Luiz Felipe Scolari, que joga essa tarde na Basileia contra a Suíça. Não se pense em queijos, os suiços são líderes de seu grupo nas Eliminatórias para a Copa do Mundo brasileira. Poderia ser Leandro Damião, mas o preferido foi Jô, o substituto nos últimos jogos. E poderia ser Fernando, que agora joga na Shakhtar Donetsk, Ucrânia. Diego Forlán, Uruguai, e Riveros, Paraguai, são os únicos convocados.
O campeão voltou
Felipão acrescentou apenas o lateral Maxwell, do Paris Saint-Germain, à lista preferencial da Seleção. Vai repetir time e suas soluções. Também acho que a vitória na Copa das Confederações, concluída com a vitória ampla sobre a Espanha mesmo cansada, foi um fato acima das médias brasileras, de clubes (esqueçam o Santos no Nou Camp) e da própria Seleção antes de Felipão. A mecânica de jogo defensivo e de velcidade de ataque talvez não se repita esta tarde na Basileia por falta de treino e continuidade. Mas os heróis são bem conhecidos de todos.
Do mesmo tamanho do que o que ocorre na Arena, o Inter joga amanhã no Maracanã contra o Botafogo, outra lidereança.É o que mais está em jogo nessa hora inicial: as garantia de uma tabela favorável. O Inter escapou em Novo Hamburgo, no fim. O time aumentou as dúvidas que muitos não conseguem evitar. Não joga Forlán, o que não é pouco, ainda joga Leandro Damião. Mas ninguém garante que seja suficiente.
Não é de muito se falar no Bem, Amigos, fora do programa no canal 39 da SporTV. Mas a reiteração de alguns assuntos foi importante. O Corinthians, do elogiado Tite, por todos e especialmente por Emerson Sheik, um dos convidados, seu jogador e muito sincero nas suas opiniões, é o provável campeão desse ano. É quase unanimidade em cima dessa percepção de suas vitórias sucessivas com volume de jogo, insistência e muito mais acertos do que erros individuais ou coletivos. Todos concordam que é apenas o início do Brasileiro - 13 jogos de 38 programados -, mas o sentimentos sai frouxo na conversa. E que o São Paulo não se regenera neste semestre.