Especialista em Copa do Brasil, o auxiliar técnico Roger Machado entregou nesta terça a Vanderlei Luxemburgo o resultado de uma semana de observação do River Plate, adversário de estreia do Grêmio na Copa do Brasil, hoje, em Aracaju. O ex-lateral-esquerdo rivaliza com o próprio Grêmio no número de conquistas do torneio. Foram quatro faixas, a última delas pelo Fluminense.
- Me julgo um cara de sorte, que teve alguma competência na carreira - sorri Roger, ao ser perguntado se merece o título de senhor Copa do Brasil.
Em 1994, ele era um dos mais jovens do time que chegou ao bi, em final foi contra o Ceará - o primeiro título é de 1989. Três anos depois, já sob o comando de Evaristo de Macedo, ajudou a calar o Maracanã no empate por 2 a 2 contra o Flamengo, que valeu o tri.
Mas foram as duas últimas conquistas que tiveram a marca da superação, segundo sua própria avaliação. Em 2001, durante uma raspagem subcutânea no joelho direito, Roger contraiu uma bactéria que estendeu por oito meses o tempo de parada. Foi o momento de maior incerteza na carreira, com duas tentativas frustradas de volta.
O retorno só ocorreu nos jogos finais da campanha. No jogo decisivo, dia 17 de junho, contra o Corinthians, era uma das peças do 3-5-2 montado por Tite que congelou o time de Luxemburgo.
- Foi muito recompensador. Na semana seguinte, eu era convocado para disputar a Copa América pela seleção brasileira - recorda.
Aos 34 anos, Roger já projetava o encerramento da carreira quando integrou o time que faria do Fluminense campeão da Copa do Brasil de 2007, em final contra o Figueirense.
Ele ainda guarda na memória as imagens do jogo decisivo, com o Orlando Scarpelli lotado. Claro, a melhor imagem é do lance em que, com a calma de um atacante, domina no peito um cruzamento da direita e marca o gol do título.
- Cada conquista tem um sabor diferente, mas esta teve um diferencial, por ter sido o responsável pelo lance do gol - recorda, recusando, com modéstia, o título de protagonista.
A pedido de Luxemburgo, Roger passou uma semana inteira em Sergipe. Já editadas, as imagens das duas partidas do River Plate a que assistiu foram exibidas ontem à noite aos jogadores.
A cautela se faz necessária, diz o técnico, que considera traiçoeiros os jogos em que falta maior tradição ao adversário. Uma vitória por dois gols de diferença, sem importar o escore, garantirá a passagem à segunda fase sem necessidade do jogo de volta.
Confira os outros especialistas em Copa do Brasil no Grêmio:
Victor - era reserva de Rafael no time do Paulista, campeão em 2005. O técnico era Vagner Mancini, com quem voltaria a se encontrar, desta vez no Grêmio, no início de 2008.
Gabriel - esteve presente em duas finais de Copa do Brasil. Na primeira, em 2005, cumpriu suspensão no jogo decisivo contra o Paulista. Estava no grupo vencedor da edição de 2007.
Julio Cesar - estava no elenco do Flamengo em 2004, ano em que a equipe carioca perdeu a decisão para o Santo André.
Léo Gago - fez parte do time do Coritiba, vice-campeão da Copa do Brasil de 2011.
Marquinhos - campeão pelo Santos em 2010. Fez um gol no jogo de ida, disputado em Salvador.
Vanderlei Luxemburgo - comandava o time do Cruzeiro campeão em 2003. Foi o ano da tríplice coroa (Mineiro, Copa do Brasil e Brasileirão).
Paulo Paixão - depois de Roger, é quem mais venceu Copa do Brasil. Ganhou o torneio pelo Grêmio em 1994 e 2001 e pelo Palmeiras em 1998.
- Juntaram-se duas forças muito interessantes. O Grêmio, com sua camisa vencedora, e Luxemburgo, que sempre é campeão por onde passa. Acho que essa é uma boa fórmula de sucesso - diz o preparador físico.
Próximos jogos:
07/03 - 22h - River Plate-SE x Grêmio (Copa do Brasil)
11/03 - 16h - Grêmio x Novo Hamburgo (Gauchão)
18/03 - 16h - Veranópolis x Grêmio (Gauchão)
Veja bares para assistir a River Plate-SE x Grêmio em Porto Alegre
O jogo do Grêmio também será transmitido pela RBS TV