Um grupo de estelionatários têm se passado por dirigentes ou técnicos de futebol de clubes gaúchos para aplicar golpes em jovens que buscam espaço no futebol profissional. A informação foi publicada nesta sexta-feira (26) pelo GloboEsporte.com e pela RBS TV.
Aproveitando-se da parada, que já passa dos cem dias no futebol gaúcho, os criminosos usaram o nome de pelo menos três clubes da Divisão de Acesso, a segunda principal do Estado, para aplicarem os golpes: o Lajeadense, o Tupi e o Guarany de Bagé. Os três clubes emitiram notas oficiais negando qualquer envolvimento e já procuraram as autoridades. Lajeadense e Guarany registraram Boletins de Ocorrência em suas cidades. O Tupi ainda recolhe documentos e provas e fará o mesmo. A Polícia Civil de Lajeado investiga os casos e apura crimes de estelionato, falsidade ideológica e associação criminosa.
Os golpes funcionavam de duas formas. Em uma delas, um suposto conhecido do jogador entrava em contato com o atleta e elogiava a estrutura do clube e afirmava ser amigo dos dirigentes. Um dia depois, um outro golpista se apresentava como gerente de futebol do time e dava início à suposta negociação. Passava as condições e a proposta, mas também afirmava ser preciso que o jogador pagasse uma taxa de transferência para a federação no valor de R$ 960.
Em outra situação, um outro atleta foi procurado pelo suposto técnico de um outro clube do Rio Grande do Sul. O golpista prometeu alojamento, alimentação e fez uma oferta de R$ 3 mil mensais ao atleta, mas o jogador precisava pagar a taxa de R$ 970.
Conforme o GloboEsporte.com, já há uma investigação em andamento. Os envolvidos são suspeitos de estelionato e associação criminosa. A Polícia Civil faz um alerta aos jogadores para desconfiarem de quaisquer mensagens deste tipo e sempre procurarem contatos oficiais nos clubes para buscar mais informações.