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Apesar de o Gauchão estar suspenso apenas até o final de março, devido à pandemia de coronavírus, a tendência é de que os jogos sigam paralisados por mais tempo. Nem mesmo o cancelamento da competição está descartado. Para decidir o futuro do futebol gaúcho, o presidente da Federação Gaúcha de Futebol (FGF), Luciano Hocsman, mantém conversas ocasionais com o governador do Estado, Eduardo Leite. Além disso, a entidade conta com a consultoria de dois médicos infectologistas renomados.
— Temos dois consultores que são meus colegas, o Dr. Fabiano Ramos (chefe do setor de infectologia do Hospital São Lucas) e o Dr. Rodrigo Pires (membro do setor de infectologia do Hospital de Clínicas de Porto Alegre). Eles estão me atualizando todos os dias sobre as previsões e os dados (sobre a pandemia de coronavírus). Converso com eles e analiso também diariamente os comunicados da Secretária da Saúde e do Ministério da Saúde — explica o diretor-médico da FGF, Ivan Pacheco, que é médico ortopedista.
A suspensão do Gauchão, anunciada na última segunda (16), expira no dia 31 de março. No entanto, conforme a previsão dos especialistas e devido à expansão cada vez maior do coronavírus no Estado, é altamente improvável que a competição seja retomada já no mês de abril. Em contrapartida, segundo o presidente Luciano Hocsman, a FGF não pode cancelar o Gauchão antes de a CBF definir os critérios para obtenção de vagas na Série D e na Copa do Brasil. Afinal, a competição estadual dá direito a vagas nas duas competições. Portanto, a tendência é de que, ao final do mês, o Gauchão seja prorrogado por mais tempo.
Até agora, não há estimativa de retomada das atividades nem no futebol gaúcho e nem nas competições nacionais.
— A previsão é de que o número de casos vai aumentar. Então, vamos levar em conta o que as autoridades disserem. E vamos sempre nos basear em dados técnicos — esclarece Pacheco.