Capitães dos dois finalistas do Gauchão, líderes identificados com Novo Hamburgo e Inter, Preto e D'Alessandro foram dois dos principais personagens da decisão. Chegaram a discutir em um dado momento do primeiro tempo, e conversaram longamente junto ao trio de arbitragem após o fim do tempo normal, em um papo que, por vezes, foi em tom amistoso, mas teve também alguma tensão.
Em campo, os mapas de calor registram a função que Preto e D'Alessandro cumpriram na final.
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Jogador de boa qualidade técnica e com chegada incisiva à frente, Preto não foi tão ofensivo quanto em outros jogos da campanha do Noia. Cumpriu, porém, papel importante no bloqueio às jogadas do Inter pelo lado direito.
O mapa acima mostra que Preto não circulou tanto pelo campo, respeitando o posicionamento à frente do volante Amaral, e lado a lado com Jardel no bem organizado meio-campo do Noia. Seus números demonstram a dedicação às funções defensivas: cometeu três faltas, deu apenas um passe para finalização e não finalizou nenhuma vez.
D'Alessandro teve postura diferente. Sempre importante para a construção de jogadas do Inter, movimentou-se com intensidade, como mostra o mapa abaixo.
A movimentação do argentino se destaca por sua aparição dos lados do campo. Tanto no primeiro tempo, quando atuou mais adiantado, quanto no segundo, em que foi recuado para a linha de volantes, D'Ale procurou os flancos para articular. Sua tendência a procurar a região perto das duas linhas laterais pode ajudar a explicar a insistência do Inter pelos lados. A equipe fez 39 cruzamentos nos 90 minutos de jogo.
* ZH Esportes