De clube modelo, com técnico longevo, plano e execução, acesso à Série C nacional, o Ypiranga se transformou. A equipe de Erechim ocupa a lanterna do Gauchão e após quatro jogos, não somou pontos. Caiu na Copa do Brasil para o PSTC, da quarta divisão. Trocou treinador depois de cinco partidas, saiu Carlos Moraes entrou Guilherme Macuglia. Agora, o presidente Luiz Felipe De Marchi, há pouco mais de um ano no cargo, tenta entender que tipo de problemas precisa enfrentar para escapar do rebaixamento no Estadual.
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ENTREVISTA
Luiz Felipe De Marchi
Presidente do Ypiranga
O que aconteceu neste início de campeonato?
Pois nós também fomos surpreendidos. Achamos que estaríamos melhor. Mas a verdade é que nosso time é leve demais. Toca bem a bola e tudo, mas tem pouca objetividade. Levamos muitos gols de bolas aéreas. Os adversários perceberam essa fraqueza. E nosso ataque não tem feito gols.
Como solucionar isso?
Estamos encaminhando alguns reforços. O zagueiro Vagner chegou já. Até amanhã (terça-feira) vamos confirmar outros dois atletas, alguns que estavam com o Guilherme Macuglia no Rio Branco-PR.
Foi uma escolha sua o Macuglia?
Sim. Precisava de um cara da minha confiança, que me desse liberdade de dialogar, conversar. Nos conhecemos há 20 anos, trabalhamos aqui no início da carreira dele. Foi uma opção pessoal mesmo. Mas quero deixar claro: o trabalho do Carlos Moraes foi muito bem feito, sério. O que aconteceu foi a falta de resultados. Na verdade mesmo, o único ponto fora da curva foi perder para o Passo Fundo. Aquela partida foi uma aberração, jogamos muito mal mesmo.
Sua direção optou por tirar Leocir Dall'Astra, que estava há quase cinco anos. Por quê?
Tem coisas que prefiro não falar, sabe como é o futebol. Vou dizer o que posso, ok?
Ok.
Então, digamos que alguns métodos dele de trabalho não vão de acordo com o meu. Prefiro que a direção aja em contratações, dispensas. Claro, consultando a comissão técnica, conversando, mas a última palavra tem que ser da direção. E também teve o desgaste natural do tempo de trabalho.
Sobre a atualidade, então: calcula 12 pontos para escapar do rebaixamento?
O que calculo é que sábado teremos uma decisão. Precisamos ganhar de qualquer jeito. Até brinquei com o (Gilberto) Generosi (presidente do Veranópolis, próximo adversário): não me apronta lá que vou estar armado na beira do campo (risos)!