A origem do Brasil-Pel que espantou o país e ficou em terceiro lugar no campeonato nacional de 1985 data de dois anos antes. Com Luiz Felipe Scolari no comando, o embrião da máquina xavante – depois treinada por Valmir Louruz –, apareceu no Gauchão de 1983. A base era já a mesma: Silva e Hélio na zaga, Doraci e Lívio no meio, Júnior Brasília, Bira e Zezinho no ataque.
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No Estadual daquele ano, a primeira fase não foi das melhores: nos 22 jogos de turno e returno, o Xavante conquistou 23 pontos, suficiente para ficar entre os oito primeiros e avançar para a fase final. Então, o time cresceu.
O primeiro grande resultado foi um 2 a 0 sobre o Grêmio, no Bento Freitas, já na segunda rodada. Já na metade final da competição, buscou um empate com o Inter em 1 a 1, em casa. Quando enfrentou o Grêmio novamente, no Olímpico, o futuro time campeão mundial, de Renato, De León e outros, o Brasil-Pel foi responsável por uma vaia a poucos dias da viagem para o Japão.
Empatados em pontos em segundo lugar, Grêmio e Brasil fizeram um confronto extra para decidir quem seria o vice – o Inter conquistou o título. Depois de um 0 a 0 no Olímpico, a volta teve goleada xavante por 4 a 0, com direito à invasão de campo e telas derrubadas na Baixada:
– Interessante foi que no ano seguinte, a própria torcida fez um mutirão e recuperou telas, redes e tudo mais. Uma grande festa – recorda-se o centroavante Bira.