O desfecho do jogo mais emocionante do Gauchão até agora convulsionou o Avenida. Na quarta-feira, o time de Santa Cruz do Sul levou o gol do 2 a 1 aos 47 minutos do segundo tempo e teve um pênalti a seu favor aos 50. Márcio Tinga chutou e o goleiro Matheus Cavichioli defendeu. Esse lance alterou a história do time na sequência do Gauchão.
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Uma discussão no vestiário entre o diretor de futebol Guilherme Eich e o então técnico Alfinete culminou com a demissão do treinador - nesta quinta-feira, o clube apresentou o novo treinador, Titi, que estava nas escolinhas do time.
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- Teve uma situação que não gostei. Achei ruim o jeito que o técnico falou, não vou entrar no mérito específico da questão. Conversamos hoje (ontem) e ficamos numa boa, sem mágoa. Mas o trabalho não poderia continuar - revelou Eich.
A briga teria sido motivada por uma suposta crítica do técnico ao cobrador do pênalti, mas Alfinete garante que não foi o que ocorreu:
- Fiz um comentário com meu diretor, mas nada demais. Houve um exagero, eles acham que não temos mais saída para escapar do rebaixamento e optaram pelo fim do trabalho depois de três jogos. Sobre o jogador que bateu, ele tinha minha confiança, treina. Isso acontece.
ENTREVISTA Márcio Tinga, volante do Avenida
Como foi a noite?
Na hora fiquei muito chateado. Tinha a chance de conseguir um ponto, né? Mas agora estou mais tranquilo. Meus companheiros me apoiaram, e alguns torcedores também. Bati como treinava.
Foi uma cobrança forte...
Tenho bom aproveitamento nos treinos. Chutei com força, tentei tirar do goleiro (Matheus Cavichioli), mas ele saltou para o lado certo e fez uma baita defesa.
O que dirias para o Matheus, que fez a defesa?
Na verdade, só tenho a parabenizar o goleiro. Foi um grande lance, decisivo.
ENTREVISTA Matheus Cavichioli, goleiro do Veranópolis
Teve algum truque para fazer a defesa?
Ah, não podemos revelar nossas artimanhas, né? (risos) Mas estudamos, vemos vídeos que o preparador Diego Xau nos mostra. O cobrador do Avenida era o Paulinho, mas ele tinha saído. Então vi quem iria bater e pensei: "são 50 do segundo tempo, ele não vai abrir o pé e chutar na esquerda. Vai tentar pela segurança, cruzado". Foi um chute forte, saltei na bola e pude defender.
Isso já tinha acontecido alguma vez contigo?
Por incrível que pareça, já! No ano passado, pelo Pelotas, defendi um pênalti aos 47 contra o Guarani-VA pela Copinha.
Tu foste o herói da noite, digamos assim, mas o Márcio Tinga acabou sendo o "vilão". O que dirias para ele?
Que foi um lance isolado. E pode acontecer com qualquer um, faz parte da profissão, de quem tem personalidade para assumir a cobrança. Ele fez um grande jogo, foi o melhor do Avenida. Até comentei no vestiário: o Tinga e o Miro Bahia dominaram o jogo. Aconteceu, é o momento, mas não pode baixar a cabeça.
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