A arbitragem brasileira terá apenas um representante na Copa do Mundo de futsal de 2024. Ou melhor, uma representante. Nascida em Jaraguá do Sul, em Santa Catarina, Anelize Meire Schulz está entre os 39 nomes escolhidos pela Fifa para atuar no Mundial que ocorre de 14 de setembro a 6 de outubro, no Uzbequistão, na região central da Ásia.
A educadora física de 39 anos embarca para o país-sede em 1º de setembro. A árbitra ainda não tem a escala de jogos nos quais vai atuar. Será o primeiro mundial de Anelize.
Zero Hora conversou com a representante brasileira para conhecer mais sobre a trajetória da catarinense que levará o Brasil no apito. Leia abaixo.
Quando começou a sua ligação com o futsal?
Na quinta série, ainda no Ensino Fundamental. Foi quando comecei a treinar futsal e a representar o colégio Holando Marcellino Gonçalves, a Homago, nos Jogos Escolares.
Você jogou futsal por quanto tempo?
Eu jogava por Jaraguá do Sul. Depois, passei a representar Blumenau. Joguei algumas competições também por Criciúma e Caçador. Atuava como ala/pivô. Disputei competições de nível municipal até brasileiro. O título que mais me marcou foi o de campeã estadual sub-20, no último ano em que atuei como jogadora, pelo Blumenau.
Por que você decidiu se tornar árbitra?
Como o encerramento da equipe adulta em Blumenau, decidi ficar na cidade para concluir os estudos. Depois de algum tempo, comecei a sentir falta do meio esportivo, das viagens, dos jogos, e tive a ideia de fazer um curso de arbitragem de futsal para me reaproximar da modalidade. O fato de eu ter encerrado cedo a carreira como jogadora me deu a oportunidade de construir uma carreira como árbitra internacional.
Essa carreira está sendo construída há quanto tempo?
Comecei a arbitrar em 2009. Em 2011, entre para a Federação Catarinense de Futsal. Em 2012, na Confederação Brasileira de Futebol de Salão (CBFS) e, em 2018, no quadro da Fifa. Costumo apitar nas cidades de Blumenau, Jaraguá, Joinville, Florianópolis, São Francisco, Timbó e Lages.
Como funciona o processo de escolha de quem vai para a Copa?
A Conmebol seleciona um grupo de árbitros e durante um período fazemos cursos, provas de regras e vídeo, além de sermos observados durante as competições em que atuamos.
Como se sentiu quando recebeu notícia de que iria para a Copa?
Me senti orgulhosa e reconhecida. Eu sabia da possibilidade, pois estava no projeto. Porém, fiquei surpresa ao ver meu nome na lista.