Um dos mais tradicionais clubes de futebol do país, o Brasil de Pelotas irá retomar o setor de futsal em 2024. O retorno da modalidade será viabilizada em uma parceria do clube com o BR Futsal, time da cidade que disputou a Série B do Gauchão neste ano e foi eliminado nas quartas de final.
A negociação para que a iniciativa seja oficializada ainda passa por detalhes. A expectativa de ambas as instituições é formalizar o acordo em breve. Enquanto o Brasil de Pelotas entrará com a marca, o BR Futsal será o responsável pelo grupo de jogadores.
— Ainda como torcedor sempre tive a vontade de reativar o futsal do clube. Um futsal muito vencedor, cinco vezes campeão gaúcho. Acredito que o clube não disputa uma competição adulta há mais de 15 anos — afirma o presidente do Brasil de Pelotas, Gonzalo Russomano.
O treinador do BR Futsal, Paulo Lobo, explica que, em 2022, a equipe sentiu falta de apoio, tanto estrutural quanto financeiro. A união ao Brasil de Pelotas é vista como uma oportunidade de formar um time mais competitivo e com mais torcida, além de atrair patrocinadores.
— Nós viemos tocando o futsal em Pelotas desde 2019. Nesse período, as equipes que montamos em Pelotas sempre chegam nas finais das competições. Ficamos a dois jogos do acesso, como nesse ano, fomos vice-campeões da Série Ouro pelo Paulista (em 2021), conseguimos o acesso em 2019 pelo Pelotas. Acabou surgindo essa possibilidade diante da vontade do Brasil de voltar a ter o futsal e a nossa de se manter. A gente espera que saia uma parceria muito boa — conta Lobo.
Entre os itens que ainda não estão definidos, está o nome do time na Série B: pode ser somente Brasil de Pelotas ou Brasil de Pelotas/BR Futsal, por exemplo. Também não foi batido o martelo sobre o ginásio onde os jogos serão mandados. Nas categorias de base, o Brasil de Pelotas seguirá com o trabalho feito pela escola Cacique Xavante.
De acordo com o presidente do clube, não haverá aporte financeiro do Brasil de Pelotas sobre o futsal. Ele diz que o Xavante não tem condições financeiras de fazer esse investimento. Mesmo assim, Russomano sonha alto:
— Quem sabe no futuro não teremos parceiros para colocar o Brasil em uma Liga Nacional de Futsal.