O Gauchão Feminino fica com uma marca negativa nesta temporada. Após ser interrompida, no domingo (17), pela falta de atletas no Guarany-Ba — que tinha apenas seis gurias à disposição —, a partida contra o Juventude foi reagendada para esta terça-feira. A expectativa era de que os 20 minutos restantes fossem disputados no Campo da Fras-le, em Caxias do Sul. No entanto, o time de Bagé não compareceu ao confronto. A ausência já havia sido antecipada por GZH na última segunda-feira. Com isso, a FGF deverá homologar o placar em 16 a 0, resultado que estava sendo registrado quando o jogo foi interrompido.
A situação gerou outro constrangimento. As gurias do Juventude e a equipe de arbitragem tiveram de aguardar os 30 minutos protocolares, em campo, na chuva, até que a partida fosse oficialmente encerrada. De acordo com o regulamento geral de competições da FGF, "se o clube que houver dado causa à suspensão, era na ocasião ganhador da partida, será ele declarado perdedor, pelo escore de 3x0 (três a zero); se era perdedor, o adversário será declarado vencedor pelo placar de 3x0 (três a zero) ou pelo placar do momento da suspensão, prevalecendo o que for mais favorável ao adversário". Além disso, o texto prevê que o Guarany-Ba seja considerado excluído da competição, o que pode acarretar em mais problemas para o clube além de ter sido lanterna sem nem sequer ter marcado pontos.
O Juventude sente-se prejudicado. Por ter de se deslocar e seguir todos os trâmites de jogo, a equipe não pôde treinar às vésperas do embate com o Elite, marcado para esta quarta-feira (20), às 15h, no Campo da Fras-le, em Caxias do Sul.
Situação do Guarany-Ba
Esta foi a segunda partida que o time de Bagé entrou em campo com apenas nove atletas. Diante do Futebol com Vida, em jogo válido pela primeira rodada, a equipe também jogou com este mesmo número de jogadoras e foi goleada por 14 a 0. Em entrevista a GZH, o presidente Tato Moreira, do Guarany-Ba justificou a situação com a falta de estrutura do departamento:
— Neste ano, o Gauchão teve um nível muito alto, e o Guarany-Ba ficou abaixo dos anos anteriores. Os adversários estão muito mais estruturados. Nós não conseguimos competir, não conseguimos desenvolver uma condição de treinamento. Isso, na maioria dos clubes do interior, é normal, só se juntarem para jogar. Tudo isso traz essas dificuldades, e o que nos desestimula foi essa campanha tão longe do que queríamos, do que tínhamos de ambição — explica o presidente do clube, Tato Moreira.