Marta, Rafaelle e Tamires, jogadoras de diferentes trajetórias e momentos da carreira, apontaram para o mesmo motivo ao justificar o empate que decretou a eliminação da Seleção Brasileira da Copa do Mundo Feminina nesta terça-feira (2). Para as três, o jogo terminou sem gols por conta do nervosismo das atletas dentro de campo, principalmente no setor ofensivo.
— Se parar para pensar em outro cenário de enfrentamento com a Jamaica, amistoso ou outra competição, provavelmente ganharíamos. Fomos superiores. Mas, vir para o jogo tendo que ganhar de qualquer jeito, traz um nervosismo maior. O jogo foi acontecendo, o tempo foi passando e isso piorou — avaliou Tamires, 35 anos e três Copas, em entrevista após a partida.
A combinação da falta de calma das brasileiras com a bola no pé com o bom posicionamento das jamaicanas resultou em pouca precisão nos arremates e nenhuma bola na rede, complementou a lateral.
— A Jamaica estava muito fechada. Tentamos, não fomos felizes, sabíamos o que fazer e em alguns momentos fomos precipitadas, mas nós quisemos jogar — analisou.
A atleta preferiu não emitir opinião sobre o trabalho da comissão técnica da sueca Pia Sundhage. Segundo Tamires, houve desenvolvimento no desempenho da Seleção no ciclo que se iniciou em 2019, após a Copa do Mundo realizada na França.
— Viemos em um crescimento no Brasil e estamos fazendo com que as coisas aconteçam. Não podemos deixar isso parar. Hoje é uma tristeza enorme para mim e para as meninas, mas temos um trabalho lindo para seguir fazendo. Quando ganha, ganhamos todas. Quando perde, perdemos todas. Não cabe a mim avaliar o trabalho da comissão técnica neste momento — disse.