A zagueira Rafaelle, capitã do Brasil quando Marta não está em campo, e dona de umas das melhores atuações da Seleção no empate sem gols com a Jamaica, vê de forma positiva uma possível mudança na comissão técnica, hoje liderada pela sueca Pia Sundhage. Para a defensora, vale a pena trocar o comando se o novo nome trouxer algum elemento diferente ao processo de evolução do futebol feminino nacional após a eliminação na Copa do Mundo, nesta quarta-feira (2).
— Eu acho que temos que pensar no que é melhor para o futebol feminino. Se tiver alguém com mais condição, com mais qualidade, o futebol feminino merece isso — disse a jogadora na zona mista do Melbourne Rectangular Stadium, na Austrália, em contato com o site GE.
Mais do que o aspecto tático, contudo, o Brasil acumulou muito nervosismo enquanto tentava, sem sucesso, superar a defesa jamaicana, como destacou Rafaelle.
— No segundo tempo, a gente acaba entrando meio no desespero para fazer o gol. Fomos nos descontrolando. Por mérito delas, elas defenderam bem. A proposta que elas trouxeram, elas conseguiram — concluiu.
A zagueira foi questionada sobre a derrota por 2 a 1 para a França, na rodada anterior, após uma falha defensiva na reta final, e o quanto isso teria sido responsável pelo nervosismo desta quarta, mas afastou a relação.
— Agora é difícil você analisar, está tudo muito recente. Estou triste, é difícil descrever, não cheguei a pensar. A gente tinha que ganhar. A gente não podia estar se lamentando pelo jogo com a França. (A eliminação) Foi mais por esse jogo, do que pelo jogo da França.