Somente seis países dos 36 que já jogaram uma Copa do Mundo Feminina entre 1991 e 2019 estiveram presentes em todas as edições. O Brasil é um deles, além de Estados Unidos, Alemanha, Suécia, Japão e Nigéria.
Depois de duas eliminações precoces, na fase de grupos, nas duas primeiras Copas em 1991 e 1995, a Seleção Brasileira sempre chegou aos jogos eliminatórios de 2003 para cá. Nunca foi campeã, mas "bateu na trave" com o vice em 2007 e semifinalista em 1999. Nos Mundiais mais recentes, duas quedas nas oitavas, em 2015 e 2019.
- Participações em Copas: 8
- Melhor colocação: vice-campeão em 2007
- Pior desempenho: eliminado na fase de grupos em 1991 e 1995
Jogos disputados: 34 - Vitórias: 20
- Empates: 4
- Derrotas: 10
- Gols marcados: 66
- Gols sofridos: 40
- Maiores goleadoras: Marta (17) e Cristiane (11).
- Jogadoras com mais Copas disputadas: Formiga (7) e Marta (5)
- Jogadoras com mais partidas disputadas: Formiga (27) e Cristiane (21)
- Número de atletas convocadas: 101
- Número de atletas utilizadas: 76
- Técnico com mais jogos: Oswaldo Alvarez, o Vadão, com 8 partidas.
DESEMPENHO DO BRASIL - COPA A COPA
1991
Na estreia em Copas, o Brasil caiu num grupo com Japão, Estados Unidos e Suécia. O time treinado por Fernando Pires começou vencendo as japonesas com gol da zagueira Elane, o primeiro brasileiro na história dos mundiais femininos. A esperança de seguir adiante foi por frustrada na sequência do torneio com duas derrotas por 5 a 0 para as norte-americanas e 2 a 0 para as suecas. Com dois pontos em seis possíveis (na época, a vitória valia dois pontos), o Brasil foi eliminado na fase de grupos.
- Técnico: Fernando Pires
- Goleadora: Elane (1)
- Desempenho: eliminada na fase de grupos (1 vitória, 2 derrotas, 1 gol marcado e 7 gols sofridos)
1995
Quatro anos depois, o Brasil foi para a Copa da Suécia com Ademar Fonseca, o Dema, de treinador. Entre as primeiras adversárias, duas repetidas do Mundial anterior: as anfitriãs suecas, da atacante Pia Sundhage (hoje técnica da Seleção Brasileira), e as japonesas. Completando a chave, a Alemanha. Outra vez, a estreia foi promissora: vitória sobre as donas da casa, no Olympia Stadium, em Helsingborgs, gol de Roseli. Na sequência, duas derrotas: 2 a 1 para o Japão e 6 a 1 para a Alemanha e volta pra casa de forma precoce em mais uma Copa.
- Técnico: Ademar Fonseca
- Goleadora: Roseli (2)
- Desempenho: eliminada na fase de grupos (1 vitória, 2 derrotas, 3 gols marcados e 8 gols sofridos)
1999
As coisas começaram a melhorar. Na primeira Copa sediada pelos Estados Unidos, o Brasil obteve bons resultados. Treinada por Wilson de Oliveira, o Wilsinho, a Seleção chegou até a semifinal e saiu do Mundial com um terceiro lugar conquistado nos pênaltis, diante da então campeã Noruega. A primeira fase foi bem tranquila, com sete pontos em nove possíveis, com direito a goleada de 7 a 1 sobre o México, vitória de 2 a 0 sobre a Itália e empate em 3 a 3 com a Alemanha. Nas quartas, duelo duríssimo vencido sobre a Nigéria por 4 a 3, com gol de Sissi na prorrogação. A única derrota veio para as donas da casa, na semifinal, em Stanford, por 2 a 0. O prêmio de consolação foi o terceiro lugar conquistado sobre a Noruega.
- Técnico: Wilson de Oliveira (Wilsinho)
- Goleadora: Sissi (7)
- Desempenho: 3ª colocada (4 vitórias, 1 empate, 1 derrota, 16 gols marcados e 9 sofridos)
2003
A "Era Marta" na Seleção Brasileira em Copas começou no segundo Mundial consecutivo disputado nos Estados Unidos. Terceiro colocado quatro anos antes, o Brasil chegou como um dos favoritos para erguer a taça pela primeira vez em 2003. E a primeira fase foi tranquila com duas goleadas sobre Coreia do Sul (3x0) e Noruega (4x1), e um empate com a França. Mas nas quartas, uma derrota para a Suécia acabou com o sonho do título logo no primeiro mata-mata daquela edição.
- Técnico: Paulo Gonçalves
- Goleadora: Kátia Cilene (4)
- Desempenho: eliminada nas quartas (2 vitórias, 1 empate, 1 derrota, 9 gols marcados e 4 gols sofridos)
2007
A melhor Copa Feminina do Brasil na história. Marta e Cristiane encantaram o mundo e a Seleção do técnico Jorge Barcellos foi derrubando uma a uma todas as adversárias. com 100% de aproveitamento na fase de grupos, foram 10 gols marcados e nenhum sofrido diante de Nova Zelândia, China e Dinamarca. Nas quartas, um duelo complicado diante da Austrália, mas com vitória por 3 a 2. E o que dizer da semifinal? Históricos 4 a 0 sobre as bicampeãs dos Estados Unidos. A conquista parecia certa, mas tinha uma Alemanha no caminho. E na final, 2 a 0 para a seleção europeia e o vice como principal resultado até hoje.
- Técnico: Jorge Barcellos
- Goleadora: Marta (7)
- Desempenho: vice-campeã (5 vitórias, 1 derrota, 17 gols marcados e 4 gols sofridos)
2011
O Brasil chegou como favorito em 2011, mas decepcionou. Após uma fase de grupos com três vitórias em três partidas, sobre Austrália, Noruega e Guiné Equatorial, sete gols marcados e nenhum sofrido, o azar de pegar os Estados Unidos nas quartas, que surpreendentemente ficaram em segundo num grupo que tinha Suécia, Colômbia e Coreia do Norte. A Seleção saiu perdendo no tempo normal, com gol contra logo de cara, da gaúcha Daiane. Marta empatou no segundo tempo e decisão na prorrogação. No tempo extra, Marta colocou as brasileiras em vantagem e a classificação já era comemorada quando aos 16 minutos do segundo tempo, Wambach empatou outra vez. Nos pênaltis, deu EUA e mais uma eliminação nas quartas.
- Técnico: Kleiton Lima
- Goleadora: Marta (4)
- Desempenho: eliminada nas quartas (3 vitórias, 1 derrota, 9 gols marcados e 2 sofridos)
2015
Em uma Copa com mais times, o Brasil seguiu o ritual de uma boa fase de grupos e venceu Coreia do Sul, Espanha e Costa Rica. O grau de dificuldade veio logo de cara nas oitavas, que pela primeira vez era disputada na história das Copas femininas. O desafio era vencer a Austrália, que começava a crescer no cenário internacional. A eliminação veio nos minutos finais, faltando 11 minutos para o fim do jogo.
- Técnico: Oswaldo Alvarez (Vadão)
- Goleadoras: Formiga, Marta, Andressa Alves e Raquel Fernandes (1, cada)
- Desempenho: eliminada nas oitavas (3 vitórias, 1 derrota, 4 gols marcados e 1 gol sofrido)
2019
Vadão continuou como técnico da Seleção para mais um ciclo de Copa do Mundo. Dentro de campo, Marta e Cristiane seguiam como referências. Apesar de perder de virada para a Austrália na fase de grupos, depois de estar vencendo por 2 a 0, o Brasil conseguiu chegar às oitavas passando por Jamaica e Itália. Na primeira etapa eliminatória, o desafio era superar as donas da casa. E a França se impôs, ganhando por 2 a 1, gol de Amandine Henry, no segundo tempo da prorrogação. O sonho do título inédito foi adiado para 2023.
- Técnico: Oswaldo Alvarez (Vadão)
- Goleadora: Cristiane (4)
- Desempenho: eliminada nas oitavas (2 vitórias, 2 derrotas, 7 gols marcados e 5 gols sofridos)