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As artilheiras da Copa do Mundo Feminina e as histórias por trás dos recordes

Conheça as atletas que escreveram nome na história do futebol mundial

Mayara Morales

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Rener Pinheiro / MoWA Press
Marta (D) é a camisa 10 e capitã da Seleção Brasileira

Ao longo de oito edições, apenas duas vezes a seleção que teve a artilheira da Copa do Mundo Feminina não levantou a taça. O curioso é que nas duas ocasiões as brasileiras foram as atletas que mais balançaram a rede. GZH traz a lista das jogadoras que lideram essa estatística e outros recordes que acumulam no currículo.

Michelle Akers

A centroavante e dona da camisa 10 dos Estados Unidos, Michelle Akers, balançou a rede 10 vezes em uma única edição. Até hoje o recorde não foi superado. Nas quartas de final contra Taipé Chinesa, Akers marcou cinco vezes na goleada de 7 a 0 aplicada pela seleção norte-americana.

Edição: China, 1991
Campeã: Estados Unidos
Artilheira: Michelle Akers
Gols marcados: 10

Ann-Kristin Aarones

Após amargar o vice-campeonato na primeira edição, a Noruega chega com a atacante e camisa 11, de apenas 22 anos, Ann-Kristin Aarones. Com faro de gol e a cobrança de escanteio perfeita da zagueira Gro Espeseth, Aarones desvia de cabeça a bola para a bochecha da rede e consegue a revanche contra os Estados Unidos ao marcar o único gol da semifinal. Ainda na mesma edição, a seleção norueguesa conquistou o seu único título da competição.

Edição: Suécia, 1995
Campeã: Noruega
Artilheira: Ann-Kristin Aarones
Gols marcados: 6

Sissi e Sun Wen

Divulgação / FIFA
Sissi conquistou o terceiro lugar na Copa do Mundo dos Estados Unidos, em 1999

A brasileira Sissi, camisa 10 da Seleção Brasileira, carregou sob os seus ombros a responsabilidade e o peso do pioneirismo. Em 1988, participou do Mundial Experimental. Anos mais tarde, em 1995, integrou a equipe que foi eliminada na fase de grupos. O futebol apresentado pela meio-campista só foi coroado em 1999, nos Estados Unidos, quando alcançou a artilharia da competição e voltou para casa com uma medalha de bronze no peito. Além disso, também recebeu o troféu de “Bola de Prata”.

Também não se pode deixar de mencionar que fora dos gramados, com seus dribles desconcertantes, ultrapassou o preconceito contra seus cabelos raspados e o pouquíssimo investimento direcionado para a modalidade no Brasil. A ex-atleta integra a Sala dos Anjos Barrocos do Museu do Futebol e o Hall Internacional da Fama do Futebol, no Museu do Futebol do Pachuca, no México.

Sun Wen, jogadora chinesa, que dividiu a artilharia da edição com Sissi, conquistou o vice-campeonato desta mesma edição. A habilidosa camisa 9, era capaz de chutar com ambos os pés, confirmando porque se consagrou como uma das artilheiras da Copa do Mundo Feminina de 1999 e recebeu o troféu da “Bola de Ouro”.

Edição: Estados Unidos, 1999
Campeã: Estados Unidos
Artilheira: Sissi (Brasil) e Sun Wen (China)
Gols marcados: ambas com 7

Birgit Prinz

A atacante da seleção alemã, Birgit Prinz, poderia ser considerada uma acumuladora compulsiva de recordes e viciada em fazer gols. Eleita três vezes a melhor jogadora do mundo da Fifa, também é a jogadora que mais disputou jogos internacionais com a equipe alemã e a atleta, entre homens e mulheres, que mais marcou gols com a camisa da seleção. No total, contabiliza 214 partidas e 128 gols.

Prinz também é a segunda maior artilheira das Copas, com 14 gols, empatada com a norte-americana Abby Wambach. Essa vocação para balançar as redes lhe rendeu a artilharia da Copa do Mundo realizada nos Estados Unidos em 2003.

Edição: Estados Unidos, 2003
Campeã: Alemanha
Artilheira: Birgit Prinz (Alemanha)
Gols marcados: 7

Marta

A primeira Copa do Mundo de Marta foi nos Estados Unidos, em 2003. Edição na qual ela, com 17 anos, balançou a rede das adversárias três vezes. Hoje, herdando a camisa 10 de Sissi, Marta é a rainha do futebol, com o recorde de 17 gols na competição, eleita seis vezes a melhor jogadora de futebol do mundo e a primeira atleta a marcar em cinco Copas do Mundo.

Mesmo que o Brasil não tenha levado o título em 2007, Marta entregou o melhor futebol e foi eleita a melhor jogadora da edição, com sete gols e levou a "Chuteira de Ouro". Além, é claro, da medalha de prata pelo vice-campeonato mundial.

Edição: China, 2007
Campeã: Alemanha
Artilheira: Marta (Brasil)
Gols marcados: 7

Homare Sawa

Meses antes da Copa do Mundo de 2011, o Japão passou por uma catástrofe que é considerada a maior tragédia desde as bombas atômicas na Segunda Guerra Mundial, em 1945. O país foi atingido por um terremoto de magnitude 9, seguido por um tsunami que causou um acidente nuclear na usina de Fukushima. 

Foi com um país destruído e ainda tentando entender o que tinha acontecido que a seleção japonesa chegou na Copa do Mundo. Elas também não eram as favoritas, mas tinham Homare Sawa, que estava decidida a dar essa alegria para população. Nunca é só sobre futebol, mas sobre todas as histórias que estão inseridas neste universo.

Sawa, foi decisiva na conquista do único título da seleção japonesa. A meio-campista marcou três vezes contra o México na primeira fase e mais tarde, na final, balançou a rede para empatar a partida faltando três minutos para o fim da prorrogação. Além da artilharia da competição e a taça, ela também levou a Chuteira e Bola de Ouro.

Edição: Alemanha, 2011
Campeã: Japão
Artilheira: Homare Sawa (Japão)
Gols marcados: 5

Celia Sasic e Carli Lloyd

A edição histórica da Copa do Mundo Feminina realizada no Canadá foi repleta de recordes. Pela primeira vez o torneio contou com 24 seleções participantes, com 146 gols marcados e a norte-americana Carli Lloyd, de 32 anos, marcou o primeiro hat-trick de uma final do torneio. Lembrando que, na competição anterior, em 2011, Lloyd perdeu o pênalti que decidiu qual equipe iria para a final.

A atacante alemã, Celia Sasic, também tem um hat-trick para chamar de seu, mas na fase de grupos contra a Costa do Marfim. A equipe alemã caiu nas semifinais diante dos Estados Unidos, mas Sasic levou para casa o troféu de Chuteira de Ouro e dividiu a artilharia com Lloyd. 

Quinze dias depois desta Copa do Mundo, com apenas 27 anos, Sasic encerrou a carreira como jogadora profissional. A atleta alegou que estava em busca de novos desafios.

Edição: Canadá, 2015  
Campeã: Estados Unidos
Artilheira: Celia Sasic (Alemanha) e Carli Lloyd (Estados Unidos)
Gols marcados: ambas com 6

Megan Rapinoe, Alex Morgan e Ellen White

A seleção norte-americana chegou entregando o cartão de visitas ao aplicar na Tailândia a histórica goleada de 13 a 0. E, quando enfrentaram adversárias mais fortes, como a anfitriã França e Espanha, buscaram marcar logo no início das partidas e ditar o ritmo do jogo.

A decisão da Chuteira de Ouro ficou para o último jogo da competição. As companheiras de equipe, Megan Rapinoe e Alex Morgan, disputavam Ellen White em gols marcados e assistências. Contudo, Rapinoe foi mais rápida e levou o troféu por ter atuado em 394 minutos, enquanto Morgan jogou 445 minutos.

Ellen White também escreveu uma história brilhante no futebol feminino. Em 2022, encerrou a carreira com 52 gols pela Seleção da Inglaterra, tornando-se a segunda jogadora, atrás apenas de Wayne Rooney (53 gols), a marcar mais de 50 gols com a camisa da seleção inglesa.

Edição: França, 2019
Campeã: Estados Unidos
Artilheira: Megan Rapinoe (Estados Unidos), Alex Morgan (Estados Unidos) e Ellen White (Inglaterra)
Gols marcados: 6

REPRODUÇÃO / FIFA
De 1991 a 2019: atletas deixaram sua marca na história do futebol mundial


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