O primeiro passo em direção à Copa do Mundo de 2026 começou com a Seleção Brasileira no melhor do estilo de jogo pensado por Fernando Diniz. Na noite desta sexta-feira (8), em Belém, o Brasil goleou a Bolívia por 5 a 1 sem dificuldades. A versão inicial do trabalho de Diniz apresentou um time ofensivo, com muitos jogadores perto da bola e que pressionou o adversário o tempo todo. Um começo empolgante de trabalho nas Eliminatórias. A noite ainda teve uma marca especial para Neymar, que superou Pelé na lista de artilheiros da Seleção chancelada pela Fifa.
A primeira equipe de Fernando Diniz teve poucas mudanças em relação ao time que disputou a última Copa do Mundo. Do time que iniciou o jogo contra a Croácia, saíram cinco titulares. Alisson deu lugar para Ederson no gol. Renan Lodi ficou com a vaga de Militão, que atuou improvisado na lateral-direita para Danilo jogar no lado esquerdo contra os croatas. Thiago Silva foi substituído por Gabriel Magalhães. No meio, Bruno Guimarães herdou o posto de Lucas Paquetá, e Rodrygo foi o substituto de Vini Jr.
A primeira finalização da partida saiu dos pés de Neymar. O camisa 10 cobrou falta, aos 2 minutos, mas a bola saiu pelo lado do gol da Bolívia. Montada com os conceitos de Diniz, a Seleção agrupava seus jogadores perto da bola para trocar passes e chegar ao campo de ataque. Sem conseguir ameaçar no contra-ataque, a Bolívia apelava para as faltas para tentar interromper a progressão dos jogadores brasileiros.
Uma combinação entre Neymar e Rodrygo resultou em pênalti para o Brasil, com 15 minutos de partida. O atacante do Real Madrid recebeu na área e tentou o cruzamento. Um jogador da Bolívia usou o braço para interceptar a bola, e o juiz assinou a penalidade. Neymar exagerou na firula ao fazer a cobrança e bateu muito mal. Viscarra caiu no canto direito e fez a defesa.
O volume de jogo brasileiro foi recompensado com o gol. Raphinha recebeu passe de Danilo na área, soltou um chute forte e Viscarra fez a defesa. Rodrygo aproveitou a desatenção da defesa boliviana e se atirou para empurrar a bola para o gol. Vantagem brasileira aos 23 minutos de jogo graças a um jogador que terminou a última Copa como vilão da eliminação após perder pênalti contra a Croácia.
Aos 36, Viscarra fez uma defesa espetacular para impedir o gol de Richarlison. O goleiro da Bolívia pegou um cabeceio do centroavante à queima-roupa. O goleiro também parou um lance incrível de Neymar. O camisa 10 partiu a dribles do lado esquerdo até a pequena área, mas o toque para o gol parou em Viscarra.
As ideias de Diniz ficaram mais claras na parte final da partida. Após um primeiro tempo de 10 finalizações e quase 80% de posse de bola, a segunda etapa foi mais produtiva. O estilo ofensivo, de trocas de passes e aproximação dos jogadores, ficou evidente. Dentro de campo e também no placar. Logo no retorno para o segundo tempo, o Brasil ampliou. O gaúcho Raphinha recebeu de Neymar, passou pelo marcador e chutou cruzado. Sem chances para Viscarra, com apenas dois minutos. Aos 7, saiu o terceiro gol braslieiro. Bruno Guimarães roubou a bola na entrada da área adversária e deu um toque para Rodrygo. O atacante avançou sem marcação acertou o canto direito do goleiro boliviano.
Neymar fez história ao marcar o quarto gol. Para a Fifa, o jogador assumiu o posto de maior artilheiro da história da Seleção Brasileira com 78 gols em 125 jogos, superando os 77 de Pelé. Na contagem da CBF, que considera partidas contra clubes e combinados, o Rei do Futebol ainda tem larga vantagem na liderança, com 95 gols.
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Com a vitória mais do que encaminhada, Diniz aproveitou para fazer alguns testes. Caio Henrique, Joelinton e Matheus Cunha entraram nos lugares de Renan Lodi, Bruno Guimarães e Richarlison.
Ábrago aproveitou o clima leve do jogo e encaixou um contra-ataque preciso para marcar o gol da Bolívia na desatenção do sistema defensivo brasileiro. Ibañez e Gabriel Jesus entraram no fim, mas a partida já tinha mais cara de amistoso. Ainda deu tempo para Neymar marcar mais um gol, nos acréscimos. O de número 79 pela Seleção.
A primeira das 18 rodadas ficou para trás. O próximo compromisso será fora de casa. Na terça-feira (12), às 23h, o Brasil enfrentará os peruanos pela segunda rodada das Eliminatórias. Com a expectativa de que em setembro de 2025, ao final da competição, a Seleção eesteja entre as 48 seleções na Copa do Mundo que será disputada nos Estados Unidos, Canadá e México.
Eliminatórias - 1ª rodada - 8/9/2023
Brasil (5)
Ederson; Danilo, Marquinhos, Gabriel Magalhães (Ibañez, 38'/2ºT) e Renan Lodi (Caio Henrique, 25'/2ºT); Casemiro, Bruno Guimarães (Joelinton, 25'/2ºT) e Neymar; Rodrygo (Gabriel Jesus, 43'/2ºT), Raphinha e Richarlison (Matheus Cunha, 25'/2ºT).
Técnico: Fernando Diniz
Bolívia (1)
Viscarra; Quinteros, Jusino e Marcelo Suárez ; Medina, Villamil, Bejarano (Héctor Cuéllar, 12'/2ºT), Cespedes (Ursino, 12'/2ºT) e Fernandez (Carlos Roca, 12'/2ºT); Arrascaita (Jaume Cuéllar, 30'/2ºT) e Marcelo Moreno (Ábrego, 25'/2ºT).
Técnico: Gustavo Costas
GOLS: Rodrygo aos 23min do 1º tempo; Raphinha, aos 2min, Rodrygo, aos 7min, Neymar, aos 15min e 47min, e Ábrago (BO) aos 32min do 2º tempo
CARTÕES AMARELOS: Neymar (B) ; Marcelo Moreno (BO), Ursino
ARBITRAGEM: Juan Gabriel Benítez, auxiliado por Eduardo Cardozo e Milciades Saldivar. VAR: Carlos Benítez (quarteto paraguaio).
PÚBLICO: 43.138
RENDA: R$ 10.887.550,00
LOCAL: Estádio Mangueirão, Belém
Próximo jogo
Terça-feira, 12/9 - 23h
Peru x Brasil
Estádio Nacional de Lima - Eliminatórias (2ª rodada)