A final da Copa do Mundo neste domingo (17) entre Argentina e França se apresenta também com confrontos diretos entre alguns dos principais jogadores do futebol mundial, como Lionel Messi e Kylian Mbappé, ambos do PSG. Os astros das duas seleções disputam a artilharia da competição, já que estão empatados na liderança com cinco gols cada.
À AFP, Youri Djorkaeff, ex-meia francês e campeão do mundial de 1998, destacou pontos positivos nos dois atletas que vão além da qualidade técnica.
— Além das individualidades, eles representam muito, tanto caráter, tanta personalidade, tanta liderança e carisma — resumiu.
Os atacantes já se enfrentaram no passado com as suas respectivas seleções. Na ocasião, nas oitavas de final da Copa de 2018, o francês marcou dois gols e venceu o argentino por 4 a 3.
Para El-Hadji Diouf, ex-atacante de Senegal, Mbappé precisa estar determinado para ganhar, sem rivalizar.
— Kylian é jovem, tem vontade de quebrar recordes, de ganhar 10 Bolas de Ouro. Cabe a ele dizer: "jogo o meu jogo, jogo esta final e tenho que ganhá-la para fazer história". E não colocar na cabeça uma rivalidade com Messi porque não há rivalidade entre eles — destacou.
Os goleiros Hugo Lloris e Emiliano Martínez também são nomes importantes dos seus times. O capitão francês é figura indiscutível no Tottenham, enquanto o argentino é titular no Aston Villa.
Nas quartas de final, Martínez defendeu os dois primeiros pênaltis cobrados pela Holanda e foi decisivo na classificação.
— Disse a ele que era um monstro, que era um fenômeno — comemorou Messi.
O Estádio Lusail também será palco de uma disputa inesperada de camisas 9. Há um mês, Julián Álvarez e Olivier Giroud não estavam entre as primeiras opções de referência de ataque de suas equipes.
O argentino, reserva no Manchester City, recebeu a chance da titularidade de Lautaro Martínez e vem se tornando uma revelação no torneio. Contra a Croácia, na semifinal, marcou dois gols. Dembélé exaltou o adversário.
— É um atacante muito bom, que corre muito, que contribui muito. Todas as suas corridas deixam muito espaço para Leo Messi e o resto. Ele já tem quatro gols, espero que não seja muito forte no domingo — disse o atacante francês em coletiva de imprensa na sexta-feira (16).
Do outro lado, Giroud acumula quatro gols, uma campanha que o fez superar a marca de Thierry Henry como o maior artilheiro da história da França, com 53 gols. Voltou à titularidade com a lesão de Karim Benzema.
— Em certo momento ele foi um pouco esquecido, injustamente, mas nunca cruzou os braços, sabe qual é o seu lugar em campo — destacou Djorkaeff à imprensa.