Um Tite tranquilo, mas evitando falar das oitavas de fnal, atendeu à imprensa na entrevista oficial pré-jogo da Fifa, na acarpetada sala 1 do QNCC, o Qatar National Convention Centre. Ao lado de Cléber Xavier, seu auxiliar e fiel escudeiro, o técnico da Seleção Brasileira desculpou-se e disse estar concentrado totalmente na seleção de Camarões. Havia três dúvidas na definição da equipe reserva que entrará em campo nesta sexta-feira (2), no Lusail. Duas delas foram dirimidas. Uma delas na coletiva. Tite e Cléber confirmaram que Gabriel Jesus começa a partida e Pedro espera no banco. A outra dúvida foi liquidada pelo auxiliar, numa conversa rápida com GZH na saída da sala de conferências. Rodrygo, o jogador mais elogiado por Tite nestes primeiros dias de Copa, será o meia central, ocupando a vaga que, nas condições normais, é de Neymar.
A ideia é aproveitar o jogo contra os africanos para dar rodagem e ainda mais casca para Rodrygo. Sobre Neymar, Tite disse que o acompanhamento é feito dia a dia e evitou projetar uma volta. Lembrou que a comissão técnica liberou imagens do camisa 10 fazendo exercícios na piscina, na véspera da entrevista. A maior chance de retorno nas oitavas é de Danilo. Ele treinou no campo nessa quarta-feira e deve repetir a dose nesta tarde.
Sobre a escalação de reservas, Tite valorizou o fato de que essa possibilidade de preservar titulares foi conquistada no campo, com o 100% nas duas primeiras rodadas. O técnico ressaltou o fato de contar, mesmo em um time desidratado, com alguns nomes importantes dos principais clubes do mundo:
— Ederson é titular do City, o Fabinho é um dos principais nomes do Liverpool, Martinelli e Gabriel Jesus formam o ataque do Arsenal (líder da Premier League). São jogadores do primeiro nível da Europa. Não temos um time, temos grupo. Se pudesse escalaria mais do que 11. Temos um time que inicia e um time que termina as partida, assim dividimos — disse o técnico.
Sobre a vantagem de já ter enfrentado recentemente os três possíveis adversários nas oitavas, Tite minimizou. Ressaltou que as equipes mudam rapidamente e citou o exemplo da Tunísia, a quem o Brasil venceu em setembro e, agora, acaba de ganhar da França.
— Sinceramente, não paramos para pensar nas oitavas. É sempre o próximo jogo, eu não penso muito, não analiso profundamente. Temos pessoas na comissão que estão centradas nisso. A preparação para a próxima partida nos consome. Saímos depois dos jogos para jantar com a família e logo mergulhamos de novo aqui — explicou.