Conviver com turbulências não é novidade para Camarões. Após uma temporada marcada por troca de treinador, maus resultados e críticas a uma suposta interferência do governo na equipe, a seleção camaronesa viveu uma nova crise nesta semana, com o corte do goleiro titular André Onana, por indisciplina. Para superar este turbilhão e conquistar a difícil vaga nas oitavas de final da Copa do Mundo, o técnico Rigobert Song tenta criar um ambiente de mobilização de olho no jogo contra o Brasil, nesta sexta-feira (2).
— O Brasil é um grande time, todo mundo aqui reconhece isso. Mas os meus jogadores sabem porque estão aqui. Não será fácil vencer este jogo, mas nós acreditamos. Ainda é possível conquistar a vaga nas oitavas de final — declarou Song.
Para avançar à próxima fase, Camarões precisa, inicialmente, vencer a Seleção Brasileira e, ao mesmo tempo, torcer para a Suíça não vencer a Sérvia, em jogo que ocorre no mesmo horário. Ainda assim, esta combinação, que já está longe de ser simples, pode não ser suficiente se os africanos não superarem suíços ou sérvios no saldo de gols.
— O importante é que ainda estamos vivos. Temos que manter isso em mente para o próximo jogo. Vamos dar tudo em campo para seguir adiante na Copa. Mas, acima de tudo, temos que vencer o Brasil — declarou o goleiro Devis Epassy, que assumiu a titularidade após o corte do titular André Onana, que teve um desentendimento com Song por conta de questões táticas.
Questionado sobre a ausência de Neymar no lado brasileiro, Epassy disse que o time de Camarões não está preocupado com isso.
— Todos os atacantes do Brasil são perigosos. É um time grande e muito forte. Claro que o Neymar é um ótimo jogador, mas não sei se ele vai jogar e, honestamente, não ligo. Estamos focados em nós — disse Epassy.
Brasil e Camarões enfrentam-se nesta sexta (2), às 16h (horário de Brasília), no estádio Lusail.