
Manifestante que invadiu a partida entre Portugal e Uruguai, pela fase de grupos da Copa do Mundo, Mario Ferri foi banido do restante do torneio, decidiu o Comitê Supremo para Entregas e Legado da Copa do Mundo.
O italiano, que entrou no gramado com uma bandeira do arco-íris e uma camisa com frases de apoio às mulheres iranianas e à Ucrânia, na segunda-feira (28), teve seu Hayya Card, o passaporte para o evento, cancelado. As informações são do ge.
— Podemos confirmar que o indivíduo envolvido foi liberado logo após ser removido do campo. Sua embaixada foi informada. Como consequência de suas ações, e como de praxe, seu Hayya Card foi cancelado e ele foi banido de estar em futuras partidas neste torneio — declarou o Comitê.
Mais cedo, ainda nesta terça-feira (29), o ministério italiano das Relações Exteriores anunciou que Ferri foi liberado "sem consequências" pelas forças de segurança do Catar. "Após uma breve detenção" em um local não revelado, o homem identificado como Mario Ferri, nascido em 1987, "já foi liberado pelas autoridades sem consequências", destacou o comunicado da diplomacia italiana.
O manifestante, que tem o apelido "Falcão", é famoso por ações similares nos estádios. Na Copa do Mundo do Brasil, em 2014, ele entrou em campo durante o jogo Bélgica x Estados Unidos vestindo uma camiseta com as frases "Salvem as crianças das favelas" e "Ciro Vive", em homenagem a um torcedor do Napoli que morreu falecido pouco antes do Mundial.
O protesto
Ferri chegou a correr pelo gramado por quase 30 segundos, aos sete minutos do segundo tempo da partida, antes de ser detido por um funcionário da organização do torneio e escoltado para outro setor do estádio.
Ele vestia uma camisa com o logo do Superman que tinha a frase "Save Ukraine" (Salvem a Ucrânia) na parte da frente e a mensagem "Respect for Iranian Woman" (Respeito pela mulher iraniana) nas costas. A sua bandeira do arco-íris tinha a palavra "Pace", que significa paz em italiano. O design é o mesmo utilizado por ele em outros protesto ao longo da sua carreira de invasor de campos importantes do futebol mundial.
Esta foi a primeira invasão de gramado desde o início da Copa do Mundo no Catar, país muito criticado pelas nações ocidentais pelo tratamento das pessoas LGBT+, uma vez que a homossexualidade é considerada crime no país. A Fifa afirmou que bandeiras ou roupas com as cores do arco-íris seriam aceitas nos estádios, mas vários objetos foram confiscados pelas forças de segurança durante os jogos.